São Paulo tem de se livrar do PSDB, isso é um ponto pacífico para todos aqueles que querem o bem do Estado.
É preciso, de alguma forma, quebrar a máquina tucana montada no Estado ao longo de 24 anos. Uma máquina que domina sobre Prefeituras, que domina a Alesp, que mantém relações pouco republicanas no judiciário e no MP.
Além de, politicamente, o PSDB representar o núcleo duro do projeto neoliberal brasileiro. São Paulo é o cadinho de onde saem a política privatista, de arrocho fiscal, de cortes nos orçamentos sociais, de precarização e terceirização do serviço público e do atrelamento do Poder Público aos interesses do capitalismo rentista.
Claro que o PSDB não é o único representante desse projeto. Aqui em São Paulo esse projeto também é representado pela candidatura de Paulo Skaf, pelo MDB. Não por coincidência, PSDB e MDB, principalmente a banda paulista, são os sócios majoritários da farsa do impeachment e do caos do desgoverno Temer.
Mas, a prioridade zero do momento é vencer o PSDB, sobre Skaf e sobre Márcio França (PSB), outro que veio do ninho tucano, nos debruçaremos em outro momento.
E como fazer para derrotar o PSDB em São Paulo.
Bem, se o candidato for João Dória, a chave está no interior.
A recente pesquisa Ibope mostra claramente que a força tucana e, principalmente de Dória, está no interior.
Na capital, onde Dória sofre alta rejeição pelo fato de ter sido um Prefeito ruim e de ter abandonado a cidade para uma aventura política de tentar ser candidato a Presidente (sim, a candidatura ao governo do Estado é apenas a consequência da frustração de suas ambições presidenciais), o ex-Prefeito não vence nenhum de seus adversários mais fortes em uma estimativa de segundo turno.
Perde de longe para Skaf (22% a 40%), perde para Márcio França (27% a 34%) e empata com Luiz Marinho (PT), tendo ambos 31%.
Portanto, se depender da capital, que representa 27% do eleitorado paulista, Dória já é um pato manco destinado a perder.
O problema é o interior onde a máquina tucana segue forte e determinante na maioria das Prefeituras.
Caberá a Márcio França, atual governador, e a Luiz Marinho, com a popularidade de Lula, ambos ainda pouco conhecidos do eleitorado, tentar buscar avançar sobre os votos do interior, principalmente mostrando que se a capital, que o conhece, rejeita Dória, é porque algo se podre existe sobre o tucano.
A disputa está aberta.
Blog O Calçadão
2 comentários:
Isso reforça a ideia de que Ribeirão deveria ter eleito Ricardo Silva em 2016...antes ele do que Nogueira, que tem ao seu lado a máquina tucana. Não estou afirmando que Ricardo seria melhor, mas se for pra escolher o adversário, escolhamos o mais fraco. É isso que os setores da esquerda, inclusive no interior paulista, não apoia, porque entender eles entendem.
Infelizmente, o tucanato é uma peste, que anestesia o paulista. O habitantes de pequenas cidades do interior paulista, é tradicionalmente averso a mudanças. Tem medo e é acomodado. Livrar a Estado de São Paulo dessa peste é um trabalho árduo. Reelegem deputados estaduais que vivem de enganar seu eleitorado com alarde a obras que nenhum legislador faz. Com apoio da máquina estadual quando se inaugura uma ponte, aparecem como papagaio de piratas.
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