Mais uma vez o PT, e também todo o campo progressista, sai atrás na corrida pelo Palácio dos Bandeirantes. Na frente estão dois representantes do projeto neoliberal, privatista e rentista que, na prática, domina São Paulo desde os anos 1980: Dória (PSDB) tem 19% e Paulo Skaf tem 17%, segundo pesquisa Ibope de 29 de junho.
Luiz Marinho (PT), ex-Prefeito de São Bernardo e ex-Ministro do Trabalho de Lula, aparece com 3%, em empate técnico com o atual governador Márcio França (PSB) que tem 5%.
O número mais expressivo da pesquisa são daqueles que pretendem votar branco ou nulo e aqueles que não souberam responder. Juntos, perfazem 48% do eleitorado.
A eleição está aberta e se Marinho conseguir o objetivo de buscar parte desses indecisos e parte dos 24% que dizem preferir Lula em São Paulo e parte dos 30% que pretendem escolher Suplicy para o Senado, sua candidatura pode crescer.
Não será tarefa fácil, mas possível, principalmente se houver uma correta politização da eleição, indicando um projeto diferente para São Paulo (democrático, popular, de valorização do serviço público, gerador de renda e oportunidades) e definindo com inteligência a diferença entre o campo golpista, responsável pelo desgoverno Temer, e o campo anti-golpista, representado pelo PT e por Lula.
Para alcançar essa meta e buscar disputar o Bandeirantes com competitividade, o PT paulista tem um time de bom tamanho para escalar.
Além de Lula e Suplicy, os dois petistas mais populares do Estado, Marinho pode contar com a força do ex-Ministro da Saúde e ex-candidato a Governador em 2014 Alexandre Padilha, pré-candidato a deputado federal, que está percorrendo o interior do Estado e a grande São Paulo debatendo o projeto do PT.
Além de Padilha, a chapa petista a deputado federal conta com nomes de peso que podem ajudar a campanha de Marinho: Paulo Teixeira, Márcio Pochmann, Arlindo Chinaglia, Ana Perugini, Vicente Cândido, Vicentinho e outros.
Outro trunfo petista em São Paulo é Fernando Haddad, ex-Prefeito de São Paulo e um dos principais articuladores políticos de Lula ao lado da Senadora e Presidenta do PT Gleisi Hoffmann.
O papel de Fernando Haddad nas eleições de 2018 ainda está indefinido e depende de como caminhará a luta pelo registro e consolidação da candidatura de Lula, mas sua contribuição em São Paulo, principalmente na capital, será fundamental.
Haddad é o instrumento de confrontação a Dória, um Prefeito que abandonou São Paulo deixando atrás de si um rastro de rejeição e de uma administração privatista e de retrocessos em projetos sociais e de democratização urbana, uma marca do governo Haddad.
A campanha é curta, o campo golpista tem mais dinheiro, conta com o apoio da grande mídia e larga como favorito.
O PT, e o campo progressista, larga como azarão e terá árdua batalha pela frente.
Blog O Calçadão
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