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domingo, 9 de junho de 2019

Prefeitura quer rever gratuidade de deficientes no transporte público

Caro, ruim, obsoleto
A Prefeitura alega, e não é de hoje, pois o governo Dárcy Vera já havia tentado também, que a atual lei de gratuidade para pessoas deficientes está defasada em relação aos padrões do SUAS (Sistema Único de Assistência Social) e ao Estatuto do Deficiente (Lei de 2015). 

Hoje, 7 mil pessoas têm essa gratuidade no transporte coletivo urbano da cidade. Há mais 45 mil idosos que têm o benefício por idade (65 anos para homens e 60 anos para mulheres). 

Logicamente que esta medida tentada pela Prefeitura visa aumentar a arrecadação da concessionária. 

O transporte coletivo de Ribeirão Preto é caro, ruim e baseado em um único modal: ônibus circulares a diesel. Só tem capacidade para atender 22% da população, tem baixa ligação bairro a bairro e está constantemente em crise. 

Por isso que Ribeirão Preto é a cidade do engarramento de carros usados para transportar uma pessoa, pois as pessoas evitam o transporte coletivo. 

E os ônibus de grande porte são um estorvo em algumas avenidas e nas ruas do centro.


Já falamos aqui que o plano de mobilidade urbana aprovado pela União para Ribeirão Preto desde 2013 e que este ano terá a implementação de pontes, viadutos e corredores de ônibus pode melhorar alguma coisas, mas não vai alterar a natureza da mobilidade urbana da cidade.

Um novo tipo de mobilidade urbana só será conquistado quando a sociedade desejar ter um novo modelo de cidade. Um modelo multi-modal, com uma visão de desenvolvimento regional e valorização da região central. Um modelo de transporte coletivo público e voltado par o interesse público.

Até lá, veremos a Prefeitura partir, em pouco tempo, também para cima da gratuidade fornecida aos idosos, já que o atual modelo é insustentável.

Blog O Calçadão

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