Páginas

domingo, 5 de janeiro de 2020

Como garantir a participação das mulheres no sindicalismo?

Artigo de Judeti Zili

Eis a questão.

Sabemos que a pequena participação das mulheres nos espaços de poder, seja no político, sindical ou social se deve à permanência da cultura machista, à falta de condições, tempo, acolhida, visibilidade e investimentos que propiciem real e efetiva  participação.
A ausência da divisão compartilhada nas  tarefas domésticas da vida privada são  dados bastante expressivos para a pouca participação feminina nos espaços públicos.
A garantia legal de cotas de 30% de candidaturas femininas nos partidos políticos ainda não foi capaz de mudar esse quadro. É preciso ir além.

No mundo atual, segundo dados da ONU,  92% dos países são governados por homens, no Brasil 10% das candidaturas eleitas são mulheres.
Será que há semelhanças neste quadro em relação às mulheres no sindicalismo?
Sabemos que sim. Uma premissa importante deste movimento deve partir da necessidade de que uma ação sindical  seja efetivamente voltada para o conjunto da classe trabalhadora, articulando  a produção, o mundo doméstico e a Cidadania, devendo estar atento ao modo de vida dos trabalhadores e trabalhadoras,  sendo assim, possível, a construção de uma pauta condizente com a complexidade das relações humanas e de trabalho que possibilite avanços no percentual de representatividades de forma interseccional, mulheres, mulheres negras, Lgbttqi+, entre outras.
Pois bem, esse é nosso desafio.  A chapa Sindluta fora construída pela base, sem predileção de cargos, todxs eleitos(as) em assembleia, e com esta preocupação latente.
Temos hoje uma composição com cerca de 38% de mulheres e isso devido às dificuldades encontradas. Gostaríamos de chegar a paridade completa, ou seja, 50% ou mais, por quê  não?
Ousamos sonhar e juntxs construiremos um mandato, transparente, participativo, humanizado  e atual,  comprometido com as  demandas políticas democráticas, de valorização  e respeito  aos  serviços públicos e servidores(as) municipais. Não esquecendo que  nossa luta é  sistêmica,  pois políticas neoliberais estão alinhadas nos três níveis de poder.
Estaremos vigilantes à política do Bem comum e do cuidado com a coisa pública.
O Sindlutas existe porquê  todos, e cada um, em suas especificidades, se fizeram  presentes, logo necessários.
Sindlutas é independente
Sindlutas é plural
Sindlutas é  pra Lutar
Querer e manter serviços públicos de qualidade é  cuidar e garantir  os direitos de nossa categoria. Avante!

Judeti Zili é professora e presidente do Conselho Municipal da Mulher em Ribeirão Preto

Um comentário:

Unknown disse...

Acho muito importante a participação das mulheres nas lutas sindicais! Entretanto, é necessário, primeiro, que sejamos sindicalizadas e que participemos sempre, e não apenas por conveniência ou por motivos eleitoreiros! Vamos lá, mulheres! Juntas, somos mais fortes!

Ordem do Dia: Câmara vota doação de recursos a fundos municipais, trabalho para mulheres com mais de 45 anos e homenagem

  Propostas abordam geração de empregos para mulheres, captação de recursos para fundos sociais e concessão de título honorário.