Artigo de Judeti Zili
Eis a questão.
Sabemos que a pequena participação das mulheres nos espaços de poder, seja no político, sindical ou social se deve à permanência da cultura machista, à falta de condições, tempo, acolhida, visibilidade e investimentos que propiciem real e efetiva participação.
A ausência da divisão compartilhada nas tarefas domésticas da vida privada são dados bastante expressivos para a pouca participação feminina nos espaços públicos.
A garantia legal de cotas de 30% de candidaturas femininas nos partidos políticos ainda não foi capaz de mudar esse quadro. É preciso ir além.
No mundo atual, segundo dados da ONU, 92% dos países são governados por homens, no Brasil 10% das candidaturas eleitas são mulheres.
Será que há semelhanças neste quadro em relação às mulheres no sindicalismo?
Sabemos que sim. Uma premissa importante deste movimento deve partir da necessidade de que uma ação sindical seja efetivamente voltada para o conjunto da classe trabalhadora, articulando a produção, o mundo doméstico e a Cidadania, devendo estar atento ao modo de vida dos trabalhadores e trabalhadoras, sendo assim, possível, a construção de uma pauta condizente com a complexidade das relações humanas e de trabalho que possibilite avanços no percentual de representatividades de forma interseccional, mulheres, mulheres negras, Lgbttqi+, entre outras.
Pois bem, esse é nosso desafio. A chapa Sindluta fora construída pela base, sem predileção de cargos, todxs eleitos(as) em assembleia, e com esta preocupação latente.
Temos hoje uma composição com cerca de 38% de mulheres e isso devido às dificuldades encontradas. Gostaríamos de chegar a paridade completa, ou seja, 50% ou mais, por quê não?
Ousamos sonhar e juntxs construiremos um mandato, transparente, participativo, humanizado e atual, comprometido com as demandas políticas democráticas, de valorização e respeito aos serviços públicos e servidores(as) municipais. Não esquecendo que nossa luta é sistêmica, pois políticas neoliberais estão alinhadas nos três níveis de poder.
Estaremos vigilantes à política do Bem comum e do cuidado com a coisa pública.
O Sindlutas existe porquê todos, e cada um, em suas especificidades, se fizeram presentes, logo necessários.
Sindlutas é independente
Sindlutas é plural
Sindlutas é pra Lutar
Querer e manter serviços públicos de qualidade é cuidar e garantir os direitos de nossa categoria. Avante!
Judeti Zili é professora e presidente do Conselho Municipal da Mulher em Ribeirão Preto
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Um comentário:
Acho muito importante a participação das mulheres nas lutas sindicais! Entretanto, é necessário, primeiro, que sejamos sindicalizadas e que participemos sempre, e não apenas por conveniência ou por motivos eleitoreiros! Vamos lá, mulheres! Juntas, somos mais fortes!
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