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domingo, 16 de fevereiro de 2025

Mutirão refloresta assentamento após incêndios criminosos

Zaqueu explicou sobre como a agrofloresta devolve a água ao aquífero Guarani.

Presidente da Cooperativa Orgânica alerta para impactos da monocultura e defende preservação da água

Reafirmando o compromisso do MST com a produção sustentável de alimentos saudáveis e a defesa dos recursos naturais diante do avanço da exploração agroindustrial, aconteceu neste domingo (16), em Ribeirão Preto/SP, no assentamento Mário Lago , o 9º mutirão de recuperação florestal e plantio de comida de verdade. O mutirão reuniu assentados e apoiadores da reforma agrária popular para restaurar áreas devastadas pelos incêndios criminosos de agosto de 2024. Os focos, atribuídos a grupos ligados ao agronegócio, motivaram a reação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e de membros da sociedade civil.

Durante o mutirão , Zaqueu Miguel, presidente da Cooperativa Orgânica Comuna da Terra, destacou a importância do reflorestamento para garantir a infiltração da água da chuva e a preservação do aquífero que abastece Ribeirão Preto. De acordo com Zaqueu, sem vegetação, a cidade dependerá da captação de água do Rio Pardo, com pior qualidade e maior custo.

Zaqueu também criticou a monocultura, afirmando que esta impede a recarga do solo e contamina mananciais com agrotóxicos e explicou que, no modelo agroecológico, a água utilizada retorna ao ambiente sem poluentes, ao contrário da agricultura convencional, que a devolve carregada de químicos. 0 presidente da Comuna da Terra lembrou que o problema não está no uso da água, mas na forma como é tratada antes de voltar ao ciclo natural.



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Vídeo e fotos: @filipeaugustoperes

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