Nesta quarta-feira, 16 de setembro, a bola do jogo está com o Ministro e Presidente do STF Ricardo Lewandowaki.
Eduardo Cunha e Gilmar Mendes já fizeram suas jogadas. O primeiro por interesses pessoais, pois é o maior beneficiário da relação promíscua que há entre empresas/empresários e políticos. O segundo por cumprir uma função política, agir no interesse do PSDB e buscar fustigar o PT.
Gilmar sentou em cima do processo por 18 meses, travando uma votação que já estava ganha para o lado da proibição. Com isso, Gilmar liberou Cunha para tocar na Câmara a reforma política que, entre outras coisas, aprovou as doações empresariais secretas e a constitucionalização das doações.
Assim, está garantida a fonte de renda para Cunha e o PSDB, enquanto a histeria midiático-judiciária busca criminalizar as doações para o PT.
Mas o Senado, onde o PT e a base são mais unidos, fez o contraponto e modificou o que veio da Câmara proibindo as doações. Ao voltar para as mãos de Cunha e seus seguidores, foi desfeita a decisão do Senado e refeita a anterior, liberando as doações.
Ato contínuo, Gilmar devolveu o processo.
Ato contínuo, Gilmar devolveu o processo.
Com isso o pacote caiu nas mãos de Dilma e nas de Ricardo Lewandowski.
A batalha tem início hoje, quando o Presidente do STF tem pautado a retomada do julgamento da ação movida pela OAB nacional. Lewandowaki já sofre pressão. Em viagem, Dias Tófoli busca agir junto ao Presidente no sentido de adiar a votação. Próximo a Gilmar, segundo fontes próximas, Tófoli busca ganhar tempo para solicitar outro pedido de vistas.
Se isso ocorrer, Dilma terá que enfrentar a pressão de Cunha e seus apaniguados. Se vetar, sem o término da votação do STF, poderá criar ainda mais racha na sua já esfacelada base de apoio na Câmara. Se não vetar, comprará briga enorme com os movimentos sociais e instituições como a OAB.
Esse é o quadro que envolve essa questão crucial para o combate à corrupção e para dar mais legitimidade ao voto, sem a interferência pesada do poder financeiro.
Informação é tudo.
A bola está com Lewandowski.
Ricardo Jimenez
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