A atriz e influencer digital Samanta Quadrado e o atleta, ator e ativista Breno Viola. Foto:Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Da agência Câmara Notícias
O Plenário da Câmara dos Deputados recebeu, nesta segunda-feira (25), diversas pessoas com síndrome de Down, que defenderam o fim do preconceito e a garantia de direitos. Elas participaram da sessão de homenagem ao Dia Internacional da Síndrome de Down, celebrado dia 21 de março.
A síndrome de Down não é uma doença e sim uma condição genética causada pela triplicação do 21º cromossomo - por isso, ela também é conhecida como Trissomia 21 ou T21. Entre as características físicas associadas à síndrome estão olhos amendoados, maior propensão ao desenvolvimento de algumas doenças e a falta de tônus muscular.
Apoio da família
A sessão contou ainda com a participação de Willian Vasconcelos, primeira pessoa com Síndrome de Down graduada em Direito no Brasil, que relatou a experiência.
“A faculdade, para mim, foi um divisor de águas, me abriu muitas portas e proporcionou grandes conquistas. Eu tive apoio dos professores, coordenadores, colegas e a área da acessibilidades, que faz um trabalho mais importante para a inclusão”, contou.
Também participaram da sessão os influenciadores digitais com Down Jefferson Barcelos, conhecido como Pitoco, e Maria Clara Machado, que também é atriz. Ela ressaltou que as pessoas com Down enfrentam muitos desafios, como o pensamento de que são incapazes e a falta de oportunidades, daí a importância do apoio familiar.
Formar a própria família
Atriz e influenciadora digital, Samanta Quadrado contou que há 11 anos se relaciona com o ator e atleta Breno Viola. Ambos têm Down e há dois anos moram juntos, sozinhos. Breno também participou da sessão e destacou a necessidade de as pessoas com deficiência trabalharem e terem a oportunidade de constituírem suas próprias famílias.
Para ele, a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, de 2015, tem que sair do papel. “Temos que respeitar a lei, porque a lei às vezes é só no papel, e a sociedade não exige a lei da inclusão. Eu fico muito triste de o nosso País não exigir demais das nossas leis. Temos muito que caminhar”, avaliou.
Isabel da Silva, idosa, mãe e avó, é personagem do livro "Minha mãe tem síndrome de Down - e daí?" e contou, durante a sessão solene, que faz tapetes e bordados para vender, além de cuidar da neta e cozinhar.
Cuidar de quem cuida
Presidente da Associação Juliano Varela, do Mato Grosso do Sul, Maria Lúcia Fernandes destacou que é preciso cuidar das pessoas que cuidam das pessoas com deficiência.
Ela afirmou ainda que a entidade trabalha para que os alunos possam mostrar as habilidades à sociedade, incluindo uma cozinha inclusiva, onde já se formaram duas turmas de chefs, e a banda Down Rítmica, única banda formada com componentes com síndrome de Down do País, que se apresentou na sessão.
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