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terça-feira, 11 de março de 2025

CCJR da ALESP dá parecer favorável ao PLC 620/2024, que concede anistia a produtores rurais

 

Proprietários serão anistiados pelos ncêndios ocorridos entre 2 e 26 d agosto 

Entidades ambientais alertam para o risco de a medida incentivar a impunidade em relação a práticas irregulares de queimadas

A Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP) realizará sua 2ª Reunião Ordinária nesta terça-feira (12). Inserido nas pautas figura o Projeto de Lei Complementar (PLC) 620/2024. O parecer favorável ao projeto já foi emitido pela Comissão, sinalizando avanço para a proposta.

De autoria do deputado Lucas Bove (PL), o PLC 620/2024 propõe anistia a proprietários e produtores rurais que receberam multas e autuações de órgãos estaduais por conta de incêndios ocorridos entre os dias 2 e 26 de agosto de 2024. De acordo com o projeto, a medida não será aplicada a casos nos quais ficar comprovado dolo por parte do proprietário ou produtor na provocação do fogo.

A proposta surge em resposta às queimadas que atingiram o Estado de São Paulo em agosto do ano passado, registrando o maior número de focos de incêndio dos últimos 25 anos, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O projeto também autoriza o Poder Executivo a oferecer suporte emergencial aos produtores rurais afetados, com medidas que incluem o custeio para recuperação da produção, a reconstrução de moradias atingidas por meio da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) e a ampliação de serviços de saúde para atendimento de problemas respiratórios decorrentes da fumaça.

Caso seja aprovado na Comissão, o PLC seguirá para votação no plenário da ALESP, onde precisará do aval da maioria dos deputados para ser encaminhado ao governador para sanção ou veto.

O deputado Lucas Bove defende que a anistia é essencial para minimizar os impactos socioeconômicos enfrentados pelos pequenos e médios produtores, que foram duramente atingidos pelas queimadas. 

O projeto tem gerado polêmicas, com entidades ambientais alertando para o risco de a medida incentivar a impunidade em relação a práticas irregulares de queimadas. Por outro lado, representantes do agronegócio sustentam que os incêndios foram agravados por condições climáticas extremas e que penalizar produtores prejudicados seria injusto.


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