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quarta-feira, 28 de junho de 2017

Qual o impacto da absolvição de Vaccari? Moro sai derrotado?


Pela primeira vez uma decisão de Moro é derrubada em uma instância superior e com uma justificativa importante: condenação sem provas, sustentada apenas em depoimentos de 'delatores'.

Foi uma decisão justa a favor de um homem cuja condenação se deu simplesmente pelo fato de ser petista em um momento de perseguição política ao PT.

Mas a absolvição de Vaccari atinge o centro de existência da Lava Jato curitibana e a possibilidade de desdobramento é clara, incluindo o caso Lula.


Ontem o Jornal Nacional reagiu e buscou retomar a propaganda pró-Moro, mas parece que a repercussão na opinião pública já não é a mesma coisa.

Teria a onda proto-fascista que deu apoio incondicional à Lava Jato passado?

Seria essa decisão do TRF-4 um indicativo de que o caso Lula pode ter o mesmo encaminhamento?

Parece bastante óbvio que Moro irá condenar Lula com base nas convicções vindas das 'delações' não acompanhadas de provas. E parece óbvio que o caso vai seguir os mesmos passos do de Vaccari.

E, aí?

O caso de Lula implica muito mais sobre os planos políticos do golpismo. Lula absolvido significa Lula candidato e, hoje, quase certeza de Lula Presidente.

O golpismo vai se conformar com isso?

Analisando a repercussão do caso na mídia, tanto a hegemônica quanto a alternativa, se observa uma certa cautela nas análises e um barulho menor do que o esperado.

O fato é: Moro pela primeira vez sai derrotado na segunda instância, um petista é absolvido, uma condenação impactante e midiática é reformada por ser considerada sem provas, e isso repercute indiscutivelmente no caso Lula, o grande alvo da operação Lava Jato, cujo objetivo claro é criminalizar o governo Lula e tirar o ex-Presidente da vida política.

Vamos acompanhar de perto os acontecimentos seguintes.

O correto seria Lula ser inocentado já na primeira instância, pois a ausência de provas só torna sua provável condenação por Moro em mais uma jogada política de uma operação seletiva e com relógio político preciso.

A chapa do Brasil promete esquentar ainda mais nas próximas semanas.

Ricardo Jimenez

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