A 'maioria garantista' vai peitar o Moro? |
O STF decidiu nesta semana por 6 a 5 que as conduções coercitivas da pretoria de Curitiba são inconstitucionais.
Incrível que tenhamos cinco ministros que ainda votam de acordo com uma operação que ocorre ao arrepio da Constituição.
Parte dos analistas políticos tem chamado os seis ministros que votaram contra a lava jato de 'maioria garantista'. O que seriam, então, os cinco que votam com a lava jato?
A turma da Globo? Ou seria a turma do golpe? Ou a turma que defende a ditadura de toga, seletiva e com lado político?
Como afirma o professor Afrânio Silva Jardim, em artigo no DCM, "é impossível compatibilizar o Estado Democrático de Direito, prometido expressamente em nossa Constituição da República, com um Poder Judiciário punitivista, ativista, que “flexibiliza” direitos fundamentais e sociais elencados na Constituição".
Boa parte do judiciário e do MP tem se associado ao golpe que solapou nossa democracia, nossa soberania e os direitos do povo.
Mas, a partir da decisão recente do STF, cabe a pergunta: e os crimes do juiz Moro, serão julgados quando?
Há três bastante ilustrativos:
- A condução coercitiva ilegal de Lula ( e o imbróglio do aeroporto, ainda um obscuro mistério);
- O vazamento dos áudios da Presidenta da República com a autorização dos grampos vencida (um crime contra a instituição Presidência da República e contra a segurança nacional);
- O grampo instalado no escritório dos advogados que fazem a defesa de Lula (algo sem precedentes em Estados democráticos).
Será a chamada 'maioria garantista' capaz de peitar Moro?
Ou, como afirma Leonardo Boff, Moro permanece na posição de xerife, acima da lei, posando para fotos com tucanos e degustando jantares em Nova York e Mônaco porque tem as costas largas?
Blog O Calçadão
Um comentário:
E agora José?
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