A deputada federal Ana Perugini, do PT-SP, é natural do Espírito Santo mas vive na cidade de Hortolândia desde o início dos anos 1970. Oriunda dos movimentos católicos de base, Ana Perugini ingressou no PT em 1983 e foi uma das fundadoras do partido na cidade de Hortolândia.
Da militância de base para a Câmara Municipal de Hortolândia em 2004 e de lá para a Assembleia Legislativa de São Paulo em 2006 e 2010. "Da experiência como vereadora eu trago comigo a importância de sempre manter a proximidade com as pessoas, de ouvir as pessoas", disse.
Veja a entrevista:
"Depois da experiência como deputada estadual, estou no primeiro mandato como deputada federal nessa luta intensa para manter e resgatar os direitos sociais que foram usurpados nesses últimos dois anos", afirmou.
Após desenvolver seus mandatos dentro dos legados de Lula e Dilma, em um período de conquistas e avanços em direitos, principalmente para as mulheres, um dos eixos principais de sua atuação, Ana Perugini se depara com a luta contra um golpe que vem impactando duramente a vida das mulheres.
"Eu fui coordenadora da Frente Parlamentar em defesa dos Direitos das Mulheres na Alesp e agora em Brasília eu costumo dizer que nós precisamos defender os direitos humanos das mulheres, tamanha é a forma desumana com que as mulheres estão sendo tratadas", declarou.
"Nós estamos vivenciando um movimento muito forte de desqualificação da política, de tentativa de afastamento do povo da luta política. Nosso primeiro movimento na luta contra o golpe vai ter de ser resgatar nas pessoas o amor pela participação política. É a política que cuida da escola, que cuida da saúde, do emprego. A partir disso, precisamos resgatar a credibilidade das instituições e, para isso, nós precisamos ter eleições livres neste ano", pontuou.
"Prender Lula sem provas é ferir o processo democrático. E mantê-lo preso injustamente para retirar o seu direito de ser candidato é manter o golpe vivo. Nossa maior expectativa, dentro dessa conjuntura de golpe e desequilíbrio social, é a candidatura de Lula, porque Lula representa a luta histórica do povo brasileiro por justiça", completou.
Sobre a necessidade histórica de trazer para a política as mulheres lutadoras do Brasil, Ana Perugini defende, junto com a bancada feminina no Congresso a destinação de 30% do fundo partidário para financiar a campanha das mulheres.
"Se somos 30% das chapas, é justo que tenhamos 30% dos recursos, e não 5% como é hoje. E que estes 30% se estendam também aos tempos de rádio e televisão nas campanhas. Isso para que as mulheres tenham de fato possibilidades reais de participação política. Somos 50% da sociedade, temos de ter essa representatividade também nos mandatos", ensinou.
O blog O Calçadão está nessa luta por maior participação das mulheres na política.
Fotos, filmagem, edição Filipe Peres e Paulo Honório
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