Da esquerda para a direita: Sheila, Patrícia, Adria, Silvia e Carolina. Mulheres negras representam 24% da população brasileira.
Foto: Silvia Diogo
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Nesta quinta-feira, 20, Dia da
Consciência Negra, no IFSP, campus Sertãozinho,” A Casa da Mulher”, juntamente
com o “Coletivo União das Pretas” e o “Coletivo Luta Mãe” realizaram uma roda
de conversa sobre “A Mulher Negra no Mercado de Trabalho”.
De acordo com a mediadora da roda
de conversa, Carolina Lopes, do Coletivo Luta Mãe, atualmente, o Brasil possui 41 milhões de mulheres negras, representando
24% da população brasileira:
“As discriminações de gênero e
raça são fenômenos que interagem, diretamente, na vida dessas mulheres. Isto
significa que as mulheres tendem a experimentar discriminações diárias e outros
abusos de direitos humanos de forma muito diferente dos outros sujeitos sociais
da população, na sociedade”, afirmou.
Sheila Brandão e Patrícia Nzambi. Foto: Carolina Lopes |
Para Carolina, a discriminação de gênero e
raça faz com que as mulheres negras ganhem menos que os homens (brancos ou pretos) e que mulheres brancas em todos os estados brasileiros,
em todos os níveis de escolaridade:
“São as mulheres negras que saem
mais tarde do mercado de trabalho, são as mulheres negras que se aposentam em
menores proporções em relação aos homens e às mulheres brancas e são as
mulheres negras, idosas, que não recebem nem aposentadoria e nem pensão. Este
recorte demonstra a condição que estas mulheres estão no mercado de trabalho
brasileiro, as condições precárias que este mercado oferece para a maioria e a
importância de nós continuarmos falando e estudando este tema”, encerrou.
A roda de conversa contou com as
participações de Adria Maria e Silvia Diogo, Presidenta e Coordenadora, respectivamente, da ONG Casa da
Mulher, Patrícia (Nzambi) Cardoso e Sheila Brandão, ambas do Coletivo União das
Pretas, de Ribeirão Preto.
No evento, Sheila Brandão
apresentou a sua exposição “Anástacia".
Silvia Diogo, Coordenadora da ONG Casa da Mulher.
Foto: Caroline Lopes
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