Justiça determina que todas as condições sanitárias devem ser oferecidas e que todos os profissionais da Educação devem estar imunizados. Foto: Fotos Públicas |
O pedido de impugnação foi protocolado na 4ª Vara da
Justiça do Trabalho de Ribeirão Preto na última segunda-feira, 12 de julho
Na última quinta-feira (8), no Palácio Rio
Branco, o prefeito Duarte Nogueira afirmou à população que pretende voltar às aulas
presenciais na rede municipal de ensino, que estão suspensas após o Sindicato
dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, Guatapará e Pradópolis ajuizar uma
Ação Civil Pública por falta condições de segurança
sanitária das 110 escolas da rede de ensino do município, das 22 unidades
conveniadas e a não imunização contra o Covid-19 de todos os profissionais
ligados à Educação . Entretanto, a
O que fez a prefeitura e o que afirma o Sindicato dos Servidores Municipais
A prefeitura indicou, no último dia 2, os médicos Fernando Belíssimo
Rodrigues, Renata Teodoro Nascimento e Valdes Roberto Bolella no último dia 2. Entendendo que nomear é uma coisa e indicar é outra, o Sindicato dos Servidores Municipais entrou, no último dia 12, com requerimento na JST exigindo a impugnação dos três nomes escolhidos pela prefeitura. De acordo
com o Sindicato, “nomear é uma coisa, indicar é outra coisa e acolher a
indicação de terceiros é assunto ainda mais diverso”.
Os sindicalistas afirmam que o fato de os nomes terem sido apresentados pela fundação representa “inegável avocação de função pública”, tornando o ato praticado como “inexistente e impossível de ser convalidado”.
Do mesmo modo, o sindicato almeja que a Prefeitura publique as condições do contrato assinado entre a SME e a
Faepa, pois de acordo com os servidores este contrato levou à indicação dos médicos infectologistas. No
requerimento enviado, o representante dos servidores municipais afirma que
identificou “a mera intermediação de mão de obra no convênio entre a
Secretaria Municipal da Educação e a Faepa”, o que, segundo o SSM-RPGP, não pode
ser feito.
O que propõe
o sindicato
O sindicato deseja
que a Justiça do Trabalho seja responsável pela nomeação dos três médicos
infectologistas ou que a prefeitura de Ribeirão Preto faça a nomeação de outros
infectologistas de acordo com a sentença judicial assinada entre a Prefeitura e
o Sindicato dos Servidores.
Pesquisa realizada com os
responsáveis pelos alunos e aguardo da decisão sobre o requerimento realizado pelos
sindicatos
Sem contextualizar toda a situação, a Secretaria da Educação realizou uma pesquisa
on-line voltada aos pais e responsáveis dos alunos com a intenção de saber se
são ou não favoráveis à volta das aulas presenciais. A justificativa
governamental foi ouvir a opinião dos responsáveis com a seguinte pergunta: "Considerando o avanço na vacinação contra a Covid-19 dos profissionais da Educação,
o cumprimento dos protocolos sanitários e a disponibilização dos EPIS, você
concorda com o retorno do seu filho às aulas presenciais nas escolas da rede
municipal de ensino?", tendo o/a responsável de responder SIM ou NÃO. De acordo
com o site da prefeitura, cerca de 9.200 pais responderam e 73% foram
favoráveis ao retorno contra 26% que não se sentiram seguros para mandarem os
seus filhos às escolas municipais.
A Secretaria
Municipal da Educação afirmou que aguardará a decisão judicial. E prevê a volta
às aulas presenciais para a primeira semana de agosto. Entretanto, o Sindicato
dos Servidores Municipais afirma que professores, servidores e alunos só
voltarão às escolas quando todo o quadro de funcionários da secretaria estiver
completamente imunizado, com as duas doses.
Variante Delta consegue
driblar a primeira dose das vacinas, mostra estudo da revista The Lancet
Estudo da revista científica The Lancet, publicada no dia 28 de julho afirmou que a Variante
Delta SARS-CoV-2 continua a conduzir um aumento acentuado nos casos COVID-19 no
Reino Unido, com um tempo de duplicação atual de 3,5-16 dias, consistente com o
anterior ondas pandêmicas durante 2020–21. A publicação ainda afirma que as
admissões hospitalares diárias e o número de pacientes que precisam de
ventilação mecânica estão agora aumentando na Inglaterra e na Escócia, apesar
da rolagem contínua - fora da vacinação generalizada no Reino Unido.
A Lancet ainda informa que tanto a
vacina Oxford – AstraZeneca) como a Pfizer – BioNTech, precisam da proteção
aumentada oferecida por uma segunda dose de vacina como casos de COVID-19
associados ao aumento da variante delta. Os pesquisadores também sugerem que mais
imunizações de reforço podem ser necessárias, além das duas, para garantir a
imunização, especialmente para grupos mais suscetíveis que receberam vacinas
que induzem NAbs abaixo da média.
Fontes: The Lancet,
Jornal
Tribuna e Prefeitura da Cidade de Ribeirão Preto
Edição: Filipe Augusto Peres
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