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| Médico de formação, senador Otto Alencar qualificou a fala de Bolsonaro em entrevista a filial da Record TV em Rondônia como falaciosa, mentirosa. |
O senador Otto Alencar (PSD-BA) criticou, nesta quarta-feira (16) o discurso de Bolsonaro, ontem, contra a vacina CoronaVac. Ontem, a noite, em entrevista à SIC TV, afiliada à Record TV, em Rondônia, o Presidente Jair Bolsonaro afirmou que a Coronavac tem um prazo de validade de 6 meses, que não desenvolvia anticorpos e tampouco possuía comprovação científica.
“Ele não tem conhecimento, não é médico, e fala de forma irresponsável para confundir o povo brasileiro”, disse o senador.
Logo no início da sessão o senador pediu a palavra
para rebater as declarações do Presidente e questionou a sua honestidade intelectual.
“Senhor, presidente, apenas para registrar uma informação que pode levar o povo brasileiro a não aceitar as vacinas. O Presidente da República, ontem, defendeu o tratamento precoce e colocou em dúvida a eficácia da vacina Coronavac, feita pelo Butantan, fazendo o contraponto coma Pfizer, dizendo que não sabia se a Coronavac dava imunidade ou não. É bom que o povo brasileiro tome conhecimento de que isso é uma falácia”.
O senador lembrou que Bolsonaro
não possui o mínimo conhecimento e informação necessário para realizar o debate
sobre a Coronavac.
“Ele não tem conhecimento científico nenhum para fazer isso. Ele não sabe, exatamente, como significa, a constituição de se fazer uma vacina, o trabalho que dá, os pesquisadores do Butantan. E a população que o segue pode tomar essa decisão e achar que a Coronavac não imuniza”.
E deu o próprio exemplo,
como imunizado para contrapor a fala de Jair, que considera como mentiras.
"Eu, por exemplo, tomei as
duas vacinas da Coronavac. Estou completamente imunizado, imunidade celular.
Tenho comorbidade, 73 anos. Estou aqui por causa da Coronavac para mostrar ao
Brasil que esta mentira do Presidente da República não pode se sustentar".
O senador do PSD ponderou
sobre as consequências que as mentiras de Bolsonaro podem trazer ao país, em
relação a China, como o atraso nos insumos (IFA) para a produção de vacinas.
“As agressões ao povo chinês, ao Estado chinês querendo desqualificar a vacina, isso pode comprometer, inclusive, o encaminhamento de insumos pro Brasil. É uma coisa que ele não deve permanecer, nessa batida de querer desqualificar aquilo que hoje serve para salvar vida do povo brasileiro. Uma posição meramente política e completamente desqualificada do ponto de vista da seriedade, da honestidade da fala do Presidente da República, ontem”, encerrou.
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