Em
documento do Ministério do Meio Ambiente, MMA, de setembro de 2020, o novo
ministro, Joaquim Leite, declara ter realizado um curso de mestrado no INSPER
entre 07/2004 e 07/2006. Porém, no próprio documento, o curso é denominado como
MBA Executivo, que não se equipara a um curso de nível de mestrado
(Pós-graduação Stricto Sensu) e sim especialização (Pós-Graduação Latu-sensu).
O
novo ministro (se não mentiu intencionalmente) no mínimo, cometeu um erro ao atribuir
ao curso de MBA (Master in Business Administration), a nomenclatura de Mestrado.
Aqui no Brasil, o curso de Mestrado que confere o título de Mestre para quem o
conclui exige cumprimento de créditos em disciplinas e ao final a defesa pública
de dissertação.
Consultamos
o INSPER se o referido curso é de fato um curso de mestrado, qual foi
o título da dissertação do novo ministro e a data de sua defesa? Por
telefone, o INSPER não quis se pronunciar, alegando que não poderia passar informações
pessoais (embora, se ocorreu, a defesa e a dissertação são públicas). Enviamos os mesmos
questionamentos por email para a assessoria de imprensa da instituição e
estamos aguardando resposta.
O
novo ministro não é primeiro desse governo a apresentar inconsistências em seu
currículo. Em 2020, o então nomeado Carlos Decotelli nem chegou a assumir e foi
substituído por conta dos erros em seu currículo, entre os quais o curso de
doutorado que teria sido realizado na Argentina, mas foi desmentido pela
própria instituição.
A ministra
Damaris também alegou, no início do mandato, ser mestra em direito constitucional
e da família, mas ao ser questionada confirmou que também nunca obteve o título
acadêmico.
Os
ex-ministros da educação Ricardo Velez e Abraham Weintraub e próprio ex-ministro
do meio ambiente demitido hoje, Ricardo Sales, também tiveram inconsistências em
seus currículos.
Aguardamos uma declaração do atual ministro.
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