Um dos aspectos importantes nos dados (ou na ausência deles) sobre a Covid-19 em Ribeirão Preto é referente à falta de leitos e à espera de internação por excesso de ocupação. Este número não é divulgado pela administração municipal.
A fila de espera por vagas é organizada pela Central de Regulação de Ofertas e Serviços da Saúde (CROSSS) e o acesso é limitado à administração pública, assim, este indicador não é divulgado de maneira transparente pela Prefeitura, limitando o acesso à informação até para os profissionais da rede municipal de saúde.
É importante observar um índice preocupante: no ano de 2020, Ribeirão registrou 42 óbitos por Covid-19 fora do ambiente hospitalar. Já nos primeiro 6 meses de 2021, o número salta para 97, o dobro!
https://transparencia.registrocivil.org.br/especial-covid
O que justifica a morte por Covid-19 fora de ambiente hospitalar?
No início do mês de junho, o Tribunal de Justiça de São Paulo determinou a transferência dos pacientes com Covid-19 em estado grave para as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). A decisão ocorreu quando foram registrados 33 pacientes na fila de espera por vagas em UTIs/Covid.
A Juíza destacou: "o direito à saúde é indissociável do direito à vida, e sem tratamento de saúde adequado aos pacientes acometidos de Covid-19, que aguardam leitos em UTI/Covid, há sério risco de agravamento da doença levando-os a óbito".
É inadmissível uma cidade como Ribeirão Preto, um dos maiores polos de medicina do Brasil, um paciente morrer por falta de vaga hospitalar.
Comitê de Enfrentamento e Combate à Pandemia de Ribeirão Preto
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