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domingo, 31 de agosto de 2025

Governo Lula investe 900 milhões em Ribeirão e você nem sabe disso...

 


Desde o início do governo Lula em 2023, já foram transferidos ou investidos cerca de 900 milhões de reais na cidade sem que a população fique sabendo. Somente os programas de transferência de renda como o Bolsa Família, o BPC, o Pé-de-Meia, o Brasil Sorridente e o Farmácia Popular injetaram mais de 300 milhões, diretamente no bolso das famílias, fazendo a diferença em uma cidade marcada pela desigualdade. O BPC ganhou força como política de combate à desigualdade a partir da retomada da valorização do salário mínimo. 

Mas tem mais. Anota aí: 69 ônibus elétricos com ar condicionado, um campus do Instituto Federal, Mais Médicos, 2 UBSs, regularizaçãi fundiária urbana, duplicação da avenida Rio Pardo, Minha Casa Minha Vida, leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc, investimento no abastecimento de água. Tudo através do PAC.

O governo Lula tem feito a diferença nos municípios, sem olhar a coloração partidária, como sempre diz o Presidente Lula. E tem investido nos estados também, como no estado de São Paulo, onde o governador esconde a ajuda federal. Em Ribeirão ocorre o mesmo. Enquanto Lula manda investimentos, o Prefeito se mantém discreto, temendo desagradar o que acha ser o voto "conservador" e prefere elogiar Tarcísio, que não faz 10% do que Lula faz por Ribeirão.

Os deputados locais também preferem surfar na onda dos investimentos sem elogiar claramente o autor dos investimentos. Em várias cidades da região, a população fica sem saber que os investimentos em moradia, saúde e obras são do governo Lula.

Na Câmara de Ribeirão, com as honrosas exceções das vereadoras petistas Duda, Judeti e Perla, a vergonha ainda é maior. Um conjunto de vereadores incapazes de debater com seriedade a pauta política busca fazer das fake news ou das distorções fajutas o lema de suas falas, girando feitos baratas tontas na agenda do ódio bolsonarista. Julgam que o eleitorado de Ribeirão não será capaz de perceber a importância e diferença no tipo de política que Lula aplica em Ribeirão. 

Enganam-se.

40% do eleitorado já deu o recado em 2022 e o recado será maior em 2026. 


Ricardo Jimenez - Professor e Editor do Blog O Calçadão

sábado, 30 de agosto de 2025

O Teatro Carlos Gomes e o drama de Ribeirão Preto - Gusmão de Almeida


Olá, prezados.

Aos que aqui se reúnem, já me apresentaram há algum tempo, escrevi alguns textos e decidi parar. Passei os últimos 10 anos em silêncio. O silêncio muitas vezes acompanha os velhos. Porém, decidi voltar.  Me pareceu oportuno colocar em palavras, novamente, o que me assola e o que me toca a alma. 

Estou de volta ao Blog O Calçadão.

Decidi dar nova vida à minha pena.

E resolvi reescrever meu primeiro texto, revisitando memórias da nossa Ribeirão Preto querida.

Minhas palavras dançam em sintonia com as memórias que emergem durante minhas caminhadas pela venerável Ribeirão Preto. Aposentei-me há tempos e, com uma paixão renovada, dedico-me a explorar os recantos da cidade, a conhecer almas variadas e a caçar, como um verdadeiro predador, as melhores promoções. A busca por barganhas é minha eterna cachaça.

Recentemente, enquanto cruzava a Praça Carlos Gomes, vinda de uma nova descoberta em um mercadinho da Mariana Junqueira, parei para refletir. Hoje, essa praça é apenas uma passagem, um espaço que não ressoa com a alma. Mas os ouvidos de um velho, como os meus, têm memória potente e conseguem reverberar ecos do passado.

Não falarei, porém, sobre os dias recentes, nem sobre um certo terminal (não hoje). O que me vem à mente é uma era clássica, quando ali se erguia o magnífico Teatro Carlos Gomes.

Detive-me no centro da praça, imerso na contemplação. Transportei-me para outra época. Eu o conheci, caros amigos, eu adentrei seu interior. Reflexivamente, olhei na direção da Praça XV e, do outro lado, avistei a esplêndida fachada do Pedro II. Ah, que contrariedade! Alimento ainda uma birra com Pedro II...

E não por sua beleza arquitetônica, mas pela pose que ostenta e pela história que carrega.

Sinto que devemos retroceder a Ribeirão Preto de 1895, quando o Teatro Carlos Gomes começou a tomar forma a partir do tilintar das moedas do café e das fervilhantes ideias de Ramos de Azevedo.

Naquela época, a cidade abrigava apenas 12 mil almas, a maioria habitantes das fazendas circunvizinhas. O centro era um modesto aglomerado, onde a Igreja Matriz, a primeira a ocupar a Praça XV de Novembro, ergia-se solitária, ao lado de cortiços e das primeiras lojas de ferragens, carnes e armarinhos que, timidamente, começavam a brotar na General Osório, Amador Bueno e Saldanha Marinho.

Entre o final do século XIX e o início do XX, Ribeirão Preto falava a língua da Itália! Sim, a próspera colônia italiana dominava. O principal líder político, um "coronel", era um imigrante alemão, o "rei do café", chamado Francisco Schmidt, que residia na Fazenda Monte Alegre.

Foi dele a audaciosa ideia de “passar o chapéu” entre os outros coronéis para erigir um teatro no centro da cidade. Quatrocentos lugares! O terreno escolhido ficava ao lado da praça da matriz.

Em 7 de dezembro de 1897, uma multidão de quinhentas almas da elite local se aglomerou para a estreia da ópera O Guarani. Assim se inaugurava o magnífico teatro, expressão máxima do estilo neoclássico.

O Carlos Gomes, com sua grandiosidade, exibia um esplendor que portanto valorizava o entorno. Os trabalhadores enfrentaram uma mudança, migrando em massa para a Vila Seixas ou Vila Tibério, enquanto os cortiços foram substituídos por palacetes da elitizada sociedade ribeirão-pretana. A Praça XV, antes simplesmente o "jardim do doutor Loyola", transformou-se em um vibrante espaço comercial, e a rua Barão do Amazonas logo se tornou a "rua das boutiques" — a nossa versão da icônica rua do Ouvidor.

Ninguém mais rezava! A Diocese decidiu realocar a Igreja Matriz, por que? Porque o Carlos Gomes e a nova tendência do entorno eclipsavam a fé. Em 1901, começou a construção da Catedral, erguida a 300 metros de distância, longe do burburinho, ostentando sua imponente arquitetura gótica tardia.

Ah, senhores! Eu escutava tudo isso ali, parado, na ainda viva Carlos Gomes, ouvindo os ecos de um tempo longínquo.

Recordei-me de François Cassoulet e seu moulin rouge. Foi o apogeu do Teatro. Danças, músicas, fumaça de cigarros, champanhe, damas francesas… Pasmem, senhores! Ribeirão Preto, até os anos 20, não era uma cidade sisuda! Não! Era um pequeno centro cosmopolita, pulsante e vibrante.

Entretanto, seu esplendor começou a murchar, assim como o prestígio de seu idealizador. A Primeira Guerra desencadeou uma mudança no clima, e o anti-estrangeirismo ganhou força; Schmidt tornou-se vítima das circunstâncias, e o sinal dos tempos carregou o Carlos Gomes em sua correnteza. O moulin rouge silenciou.

A crise do café das décadas de 20 e 30 deu origem a uma Ribeirão Preto que preferia a aparência à essência. No auge do desespero, ergueram-se as fundações do que hoje chamamos de "quarteirão paulista" (um nome sugestivo da época). Assim, o Theatro Pedro II, com capacidade para 1.500 espectadores, inaugurado em 1930 sob a liderança da Cervejaria Paulista (vejam, um nome que não engana!), de João Alves Meira Júnior, fez sua entrada triunfal.

O Carlos Gomes tornou-se, por um tempo, a sede do Partido Integralista de Plínio Salgado. Ribeirão Preto nutria uma estranha afeição por Salgado, ao ponto de otorgar-lhe o título de cidadão, mas essa história fica para outra ocasião.

Veio a era do automóvel, que acabou com a estação de trem. Antes de aniquilar o Teatro Carlos Gomes, sua modernidade, bradada pelos políticos, fez carne a uma das maiores demolições já vistas.

Quantos palacetes e casarões, relíquias de um passado glorioso, caíram por terra…

O Carlos Gomes foi demolido em 1944, e, anos depois, ali se instalou um terminal de ônibus.

Quem transita hoje pelo centro de Ribeirão e se lamenta ignora o que aquele espaço já foi. Não sabe quão bela era a Praça XV. Ignora a beleza de seus arredores, que ressoavam com as vozes de um tempo antigo.

Atualmente, resta uma Carlos Gomes vazia, desprovida de sentido, assim como se torna uma cidade que não cuida de sua própria história.

Mas aqui estou eu, para narrá-la.

Chego ao fim deste desabafo, pois recordei que preciso buscar meu paletó no alfaiate da General Osório e, em seguida, conferir algumas ofertas em um mercadinho excepcional na rua Jorge Lobato.

Meus respeitos e até breve.

Gusmão de Almeida

A Defesa da Palestina reúne lideranças em Ribeirão Preto no Memorial da Classe Operária

 


Neste domingo (31), às 15h, o Memorial da Classe Operária, (UGT), em Ribeirão Preto, será palco do ato “Resistência Palestina”, atividade que busca fortalecer a solidariedade internacional e dar visibilidade às vozes engajadas na defesa do povo palestino contra o genocídio perpetrado pelo Estado de Israel. O encontro contará com a presença de lideranças políticas, jurídicas e sociais que dedicam suas trajetórias à denúncia da ocupação israelense e à afirmação da luta pela libertação da Palestina.

quinta-feira, 28 de agosto de 2025

Poema-notícia: Cisjordania invadida

 

Foto sem crédito retirada da matéria

"colonos israelenses invadiram o complexo da Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém Oriental"

templo,
portão vigiado
 
colonos em blocos,
pátios cortados,
grades no chão

terça-feira, 26 de agosto de 2025

Santo do dia

 


José de Calasanz abriu uma porta em Trastevere:
duas salas pobres, crianças de rua,
a primeira escola gratuita da Europa.
As elites tremeram.
“Educação para os nossos filhos”,
e lançaram o veneno da calúnia,
reduziram sua obra,
tentaram apagá-lo do mapa.

sexta-feira, 22 de agosto de 2025

quinta-feira, 21 de agosto de 2025

Poema anti-intervencionista

 

,
porta-avião de guerra estadunidense
Foto: US Navy

não é metáfora,

acontecimento:

tropas movem-se como xadrez sem poesia,

Washington finge 

(mais uma vez) 

proteger a democracia,

mas atrás das bandeiras 

do discurso

há petróleo, controle e mortes

há mapas riscados em silêncio de gabinete

quarta-feira, 20 de agosto de 2025

terça-feira, 19 de agosto de 2025

Relatório denuncia privilégios do agronegócio e alerta para impactos sociais e ambientais no Brasil

  

O modelo baseado em monoculturas amplia a devastação ambiental
Foto: Filipe Augusto Peres

Publicação da Fundação Friedrich Ebert expõe como subsídios, isenções fiscais e concentração fundiária transformam o agronegócio em um “mau negócio” para a sociedade brasileira.

quinta-feira, 14 de agosto de 2025

terça-feira, 12 de agosto de 2025

mundo azul

 

A partir de Yves Klein

(ou subversões não oníricas a partir de Yves Klein em solidariedade ao povo da Palestina)

monocromia do extermínio absoluta
sem variações tonais

segunda-feira, 11 de agosto de 2025

Fundação do Memorial da Resistência Madre Maurina Borges é anunciada em ocupação pacífica no Lar Santana, em Ribeirão Preto

 

Foto: Coletivo Memorial da Resistência Madre Maurina

Por integrantes do Memorial da Resistência Madre Maurina

Hoje, dia 11 de  agosto de 2025, o Lar Santana, situado na Rua Conselheiro Dantas, 964 acordou diferente. Uma faixa 3m x 2m sobrepairava seus portões anunciando o MEMORIAL DA RESISTÊNCIA MADRE MAURINA BORGES.

sábado, 9 de agosto de 2025

Formação Estadual da Jornada de Alfabetização destaca experiências internacionais e expansão do método “Sim, Eu Posso” no Brasil

 

Método de alfabetização cubano alcançou mais de 10 milhões de pessoas em todo o mundo
Fotos: @filipeaugustoperes


Educadoras Paula França e Fran Magalhães apresentaram histórico do método cubano de alfabetização, que já alcançou mais de 10 milhões de pessoas em 30 países e tem transformado realidades em municípios brasileiros

sexta-feira, 8 de agosto de 2025

Fortalecer Lula agora e reelege-lo em 26 - por Ricardo Jimenez

 

O golpe de 2016 fracassou, apesar de seus efeitos deletérios para a economia do país e os direitos sociais da população. Seus líderes foram desmascarados e caíram no descrédito, como nos casos patéticos de Sérgio Moro e Aécio Neves. Mas, 2016 criou dois filhotes:  o primeiro foi um Judiciário excessivamente politizado e o outro, um monstro ainda mais tosco e agressivo que a lava jato, o bolsonarismo, onde se reúnem os adeptos diretos de Jair Bolsonaro, hoje no PL, e forças laterais presentes no Centrão, no MDB , no PSD e no Novo. Uma força anti-democrática, proto-fascista, que busca aprofundar o neoliberalismo num viés autoritário e entreguista e que chegou ao poder em 2018 na brecha aberta pela prisão política de Lula feita pelos golpistas de 16. A conduta golpista e genocida de Bolsonaro forçou o Judiciário a manter sua politização e endurecimento para assegurar a democracia. Lula, com a Frente Ampla de 22, derrotou os golpistas de 2016 e removeu o bolsonarismo do poder, proeza gigantesca que só uma figura como Lula pode fazer. Mas a vitória de 22 criou os golpistas do 8 de janeiro de 23. O novo golpismo bolsonarista busca sabotar o Brasil com apoio do neofascismo internacional (Trump) e é desafiado pelo Judiciário e por Lula. Novo embate está marcado para 26. Pela primeira vez desde 2018, a conjuntura política colocou o bolsonarismo na defensiva, nas ruas e nas redes, e Lula tem a seu dispor as narrativas da justiça social e da soberania nacional contra a narrativa da Anistia imposta à força pelos bolsonaristas. Esse é e será o embate político de agora e de 26. O campo lulista precisa perder o receio, buscar avançar com a pauta da justiça social e da soberania e envolver a maioria da sociedade. O golpismo bolsonarista vai perder, de novo. A vitória será de quem quer um país democrático, socialmente justo e soberano. Fortalecer Lula agora e reelege-lo em 26 são os objetivos. Precisamos criar, no ciclo 26/30 as condições sociais e políticas para reequilibrar a democracia brasileira, reduzindo a politização do STF, retomando a posse do orçamento pelo executivo e fortalecendo a presença popular e democracia no Congresso . À luta.

Ricardo Jimenez  - editor Blog O Calçadão 



Formação Estadual da Jornada de Alfabetização discute papel do MST e da EJA na superação das desigualdades sociais

 

O MST coordena 2700 turmas de alfabetização em áreas de reforma agrária.
Fotos: @filipeaugustoperes

Em Valinhos (SP), Rubneuza Leandro, do Setor de Educação do MST, defendeu a educação de jovens e adultos como estratégia de transformação popular e apresentou dados que revelam a dimensão estrutural do analfabetismo no Brasil

Formação Estadual da Jornada de Alfabetização debate crise global e papel estratégico da educação popular

 

Gerson de Oliveira resgatou o papel histórico da exclusão educacional como ferramenta de dominação.
Fotos: @filipeaugustoperes

Durante atividade realizada no CEFOL, em Valinhos (SP), André Kaysel e Gerson de Oliveira apresentaram análise de conjuntura que relaciona a crise da ordem mundial com a importância da alfabetização como tática política dos movimentos populares

quarta-feira, 6 de agosto de 2025

Filme resgata história de Madre Maurina, religiosa presa e torturada durante a ditadura militar

 

Atividade trouxe para a exibição em torno de 100 pessoas
Fotos: @filipeaugustoperes 

Atividade teve como objetivo debater sobre a necessidade, junto à sociedade, de se transformar o Lar Santana em um memorial da resistência 

terça-feira, 5 de agosto de 2025

O Brasil será

 

imagem gerada por IA a partir do poema

(À Roque Dalton)

1

nunca nos deixaram ser
canção engasgada que se canta sobre o coro
desde nossa infância fomos sequestrados 

nunca sorrimos inteiros 

mas utópicos, seremos,

e sendo, pela luta popular,

o Brasil será

Documentário sobre Madre Maurina será exibido em frente ao Lar Santana em Ribeirão Preto

Filme resgata a história da única religiosa presa e torturada durante a ditadura militar no Brasil

Enquanto declara amor à Ultrafarma, Tarcísio trai os trabalhadores da saúde - por Ricardo Oliveira

Nos últimos três meses o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, se comprometeu com os trabalhadores da saúde pública a minimizar o ar...