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sexta-feira, 31 de maio de 2019

Estudantes, professores e trabalhadores não desmobilizam e 3000 pessoas voltam às ruas em defesa da Educação

Alunos, professores e trabalhadores voltaram a protestar contra os cortes da Educação.
Fotos: Filipe



Nesta quinta-feira, 30, o Tsunami da Educação voltou pela segunda vez em 15 dias. Em todo o país, em torno de 1 milhão de estudantes, professores e trabalhadores se mobilizaram para protestarem contra os cortes da Educação. Em Ribeirão Preto não foi diferente. Os defensores da educação pública ocuparam as ruas e gritaram bem alto que "não vai ter cortes, vai ter luta".

quarta-feira, 29 de maio de 2019

Sindicatos, Entidades e Sociedade Civil se solidarizam com professor de História e convocam a todos para o ato de amanhã, em Defesa da Educação

O caso ocorreu na escola Prof. Eduardo Romualdo de Souza e, ao invés de o responsável procurar a direção para mediar o conflito foi à polícia fazer um boletim de ocorrência, relatou o Sindicato dos Servidores em documento.
Foto: Filipe Peres

 Cresce a percepção na população de que a criminalização do professor, da escola pública mediante projetos ultrarreacionários faz parte de um projeto da extrema-direita de frear e retroceder as conquistas democráticas construídas desde 1988 e estancar qualquer possibilidade de avanço em direção a democratização da sociedade brasileira. Nesta semana, sindicatos, entidades e integrantes da sociedade civil prestaram solidariedade ao professor de História, na Rede Municipal de Ribeirão Preto, Misael Dantollo Agremiações sindicais como a APEOESP, CSP-CONLUTAS, Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, Guatapará e Pradópolis e a APROFERP manifestaram-se publicamente em defesa do servidor público. Amanhã, essa defesa se dará nas ruas de Ribeirão Preto.
Veja os documentos na íntegra logo abaixo:

"O Impacto da Reforma da Previdência para as Mulheres" - sábado, 10h, na Câmara Municipal


A Câmara dos Deputados traz para Ribeirão Preto, através do mandato do deputado federal Alexandre Padilha, o debate "O Impacto da Reforma da Previdência para as Mulheres". O evento acontecerá neste sábado, 1 de junho, a partir das 10h da manhã na Câmara Municipal de Ribeirão Preto, com transmissão pela TV Câmara.

Na mesa de debates estarão a Presidente do Conselho Municipal da Mulher, professora Judeti Zili, a advogada Flávia Meziara, a Presidente da Casa da Mulher, Ádria Bezerra, a representante da Coordenação Regional do MST, Nivalda Nascimento, e a representante da União Nacional de Moradia, Jucilene Sena dos Santos.

As mulheres da Comunidade Cidade Locomotiva estarão presentes ao evento levando a necessidade do debate da previdência para as populações mais carentes.

Cobertura do blog O Calçadão

Francisco é o mensageiro do Jesus histórico: a opção pelos pobres e pela justiça



Estamos vivendo um período muito obscuro na história da humanidade. 

Pensamentos e práticas políticas de extrema direita se associam a um projeto rentista da elite do capitalismo financeiro no caminho de esmagar, ao mesmo tempo, os direitos dos trabalhadores e as experiências democráticas construídas após a segunda guerra mundial.

É um período de extremo retrocesso político, econômico, social e humanitário.

Brutal concentração de renda, desemprego estrutural, precarização do trabalho, pobreza, xenofobia, guerras e expectativa de mais guerras.

O Brasil é um exemplo claro dessa realidade, em um processo de desgaste democrático e civilizatório contínuo nos últimos anos.

A intolerância, a injustiça e as práticas anti-democráticas estão espalhadas e ganhando terreno a cada dia.

Nesses momentos, a resistência humanista, democrática e civilizatória deve se fazer presente, mesmo que seja em um ambiente desfavorável, como o de agora.

O Papa é na atualidade a liderança mais importante no contraponto ao retrocesso. Francisco representa a verdadeira mensagem história de Jesus, a opção pelos pobres e injustiçados. Ele abraça os desvalidos, os ameaçados, os excluídos e os injustiçados.

Beija os pés de lideranças políticas africanas suplicando pelo abandono da guerra. Abraça o indígena brasileiro receoso do futuro de sua cultura, discursa contra um capitalismo financeiro anti-povo e anti-democrático, enfrenta a ala conservadora de sua própria instituição religiosa.

O Papa escreve uma carta a Lula, enfurecendo os extremistas que hoje estão no poder, indicando que o que acontece hoje no Brasil precisa ser refletido.

O Papa, de forma simples e direta, nos alerta sobre a necessidade de mudarmos os rumos das coisas antes que seja tarde.

Blog O Calçadão

terça-feira, 28 de maio de 2019

Coletivo Abayomi: "Promoção da Igualdade Racial na Educação" (nesta quinta no Palace)

Quinta-feira, 30 de maio, 17h30
Centro Cultural Palace

O Coletivo Abayomi de Ribeirão Preto-SP, promove o evento intitulado: " Promoção da igualdade racial na educação".

Trata-se de uma roda de conversa voltada para a discussão a cerca da promoção da igualdade racial na educação.

Estarão presentes nesse evento:


- Prof. Márcio da Silva
Presidente do Conselho Municipal de Educação de Ribeirão Preto - SP

- Profa. Rosana de Lourdes Alves Monteiro da Silva
Ex-assessora pedagógica responsável pela implementação da Lei 10.639/11.645 – SMS/RP


- Profa. Sílvia Helena Seixas Alves
Presidenta do Conselho do Desenvolvimento e Promoção da Igualdade Racial de Ribeirão Preto - SP

- Dr. Gabriel Leví Borges de Souza
Membro do Comitê de Avaliação da Lei 10.639/11.645 do CME/RP

- Representante do Vereador André Rubens Trindade
Presidente da Comissão de Igualdade Racial da Camara Municipal de Ribeirão Preto

- Dr. Walcleber Carafunim
Presidente do Conselho do Negro e Assuntos Antidiscriminatórios da 12ª Subseção da OAB – Ribeirão Preto - SP


Convidamos a todos para ouvir, falar e contribuir, professores da rede pública e privada, militantes do movimento negro e demais interessados na temática.

*** HAVERÁ EMISSÃO DE CERTIFICADO ***
Obrigadx!

Daniel Cara: "O que Bolsonaro quer com esse processo articulado de ultraconservadorismo e ultraliberalismo é acabar com o processo de democratização da sociedade brasileira."


O cientista político Daniel Cara contextualizou a atual política de educação do governo de Jair Bolsonaro (PSL) como a representação educacional de uma aliança entre os ultraconservadores e os ultraliberais.
Fotos: Filipe Peres
Instagram: filipeaugustoperes


Em palestra realizada no último dia 23, no Curso de Pedagogia da USP/Ribeirão Preto, o cientista político filiado ao PSOL e Coordenador Geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara dissecou os objetivos nefastos do governo Bolsonaro em relação à educação. 


Por que ir às ruas defender a educação?


A luta em defesa da educação é uma das mais importantes da atualidade.

O atual sistema neoliberal no poder (representado por Paulo Guedes), em aliança com o bolsonarismo, tem a intenção de extinguir o artigo 6o da Constituição.

O que significa extinguir o artigo 6o da Constituição?

Significa privatizar o que hoje a Constituição considera direitos sociais, incluindo educação, saúde e a previdência social.

A previdência social já está no caminho da privatização através da proposta de capitalização apresentada pelo banqueiro Paulo Guedes.

O SUS também está na berlinda, a partir da proposta de acabar com os mínimos constitucionais, de 18% dos orçamentos em saúde e 25% na educação.

E a educação vai pelo mesmo sentido. O processo de privatização da educação pública já está encaminhado nos Estados e municípios, e agora chega ao nível federal. Querem transformar um instrumento de inclusão social, que é a educação pública, em uma mercadoria, excluindo os mais pobres.

A situação da universidade pública é ainda pior, porque a sua destruição significa um atraso científico e tecnológico imensurável ao país.

Mas a coisa é ainda pior, porque tem entrado no processo de destruição da educação pública o grupo agressivo da extrema direita, com suas posturas intolerantes e macartistas. Buscam jogar a sociedade contra uma das figuras mais importantes para o desenvolvimento de um país, o professor.

Qualquer um que buscar conhecer o perfil do professor no Brasil verá que é representativo da classe trabalhadora, que trabalha muito e recebe pouco, mesmo assim faz a diferença. Tentar transformar esse professor em um 'comunista' doutrinador é um erro fatal para o Brasil.

Por tudo isso é importante a unidade em torno da defesa da educação, fazendo desse movimento um trampolim para ampliar a defesa em torno da previdência pública, do SUS, de todo o artigo 6o da Constituição e da própria democracia.

Blog O Calçadão

Bolsonaro, Paulo Guedes, Globo e banqueiros querem impôr uma reforma que deu errado em 60% dos países


Os conflitos que agitaram a relação entre o bolsonarismo, o centrão, a Globo e os banqueiros nos últimos dias parecem que deram uma trégua. 

O motivo: o acordo em torno da reforma da previdência.

A intenção de todos é privatizar a previdência pública para livrar os orçamentos de municípios, Estados e da União para ficarem à disposição do pagamento de juros da dívida pública, que movimenta o setor rentista.

Vão impôr aos idosos brasileiros um modelo que faliu em 60% dos países, incluindo o Chile onde Paulo Guedes auxiliou Pinochet a aplicar a capitalização (conforme dados da OIT).

No Chile e em dezenas de países o debate é como reverter um modelo que tem levado os idosos à miséria.

No Brasil, os idosos têm na previdência pública um instrumento valioso de distribuição de renda e no SUS um instrumento valioso de manutenção da saúde e da vida na velhice. O futuro é nebuloso para eles com a privatização da previdência pública.

A disparidade na propaganda a favor da reforma é gigantesca. Todos os veículos de mídia defendem a reforma, até a Globo que, para acertar a sua aprovação, fez um acordo na semana passada direto com Bolsonaro.

Aliás, a privatização da previdência pública está na pauta dos representantes dos bancos e do rentismo desde a época de FHC. Em 1998, a capitalização e a privatização da Petrobrás, além da cobrança de mensalidade em universidades públicas, estava na ordem do dia da aliança PSDB/DEM. Só não passaram porque o Brasil quebrou em janeiro de 1999, após uma campanha eleitoral mentirosa.

A única forma de barrar a capitalização ou, no mínimo, evitar a privatização total da previdência e garantir um mínimo de estabilidade aos idosos é a mobilização popular a partir do dia 14 de junho, na convocação da greve geral.

Sem povo na rua mostrando que a reforma é impopular, os veículos de propaganda irão tentar enganar que os bolsonaristas que foram às ruas no domingo defendendo a privatização da previdência pública, além do fechamento do Congresso e do STF, representam a opinião do povo brasileiro.

Blog O Calçadão

segunda-feira, 27 de maio de 2019

Ministério da Saúde extingue Departamento de AIDS



Nota da Internacional de Serviços Públicos (ISP)

Em defesa da vida e saúde da população, exigimos o restabelecimento do Departamento de AIDS do Ministério da Saúde.

No Brasil, a construção do Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro foi acompanhada nas três últimas décadas pela evolução do Programa Brasileiro de HIV/AIDS, que foi aprimorado e fortalecido gradualmente por meio do diálogo com os movimentos sociais, no que diz respeito tanto à prevenção quanto ao tratamento e desenvolvimento de medicamentos eficazes (garantindo acesso universal e gratuito) e tornando-se referência internacional.

Infelizmente, sem dialogar anteriormente sobre a proposta e para total surpresa das entidades que participam dos espaços de controle social, tais como a Comissão Nacional de IST,HIV/AIDS e Hepatites Virais, a Comissão Nacional de Articulação com os Movimentos Sociais e o Conselho Nacional de Saúde (instância máxima de Controle Social do SUS), o governo Bolsonaro publicou no dia 17 de maio de 2019 o Decreto 9.795, que estabelece o fim do Departamento de IST, AIDS e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, que passa a se chamar “Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis”.

domingo, 26 de maio de 2019

Ribeirão Preto: resumo da semana (26/05/2019)

Semanalmente o blog O Calçadão publica um resumo comentado das principais notícias que agitaram Ribeirão Preto.

1. Água e esgoto com preços de 'mercado'?

Em 2016 o Poder Público municipal, em adequação à Política Nacional de Saneamento Básico, criou o conselho Municipal de Saneamento (participação da sociedade civil na fiscalização do sistema, inclusive da política de preços). Acontece que no ano passado, Nogueira criou outro conselho ligado à agência reguladora Ares-CPJ. A Câmara de Vereadores desconfia que esta manobra prenuncia preços de 'mercado' para a água e o esgoto de Ribeirão Preto e afirma que qualquer alteração deve ser aprovado pelo Conselho de 2016.

2. PIB 1%, inflação 4%, desemprego 12%

A situação econômica do país piora a cada mês. Fruto das políticas neoliberais aplicadas a partir do governo Temer, o Brasil não mostra ter força para sair da recessão e a alta do dólar (4 reais) pressiona a inflação. Essa situação é bastante impactante para uma cidade como Ribeirão Preto, dependente do comércio e dos serviços. A crise econômica agrava a crise fiscal, com o enfraquecimento dos orçamentos públicos prejudicando os serviços públicos. O atual governo acena com a privatização da previdência pública como única saída para a crise e a popularidade do Presidente cai nas pesquisas.

4. Desmonte dos Correios

O governo federal pretende fechar 161 agências próprias dos Correios no Brasil. São 26 no Estado de São Paulo. Em Ribeirão Preto será fechada a agência da Avenida da Saudade e o setor de filatelia da unidade da rua Álvares Cabral. Além disso, em junho será aberto o programa de demissão voluntária na estatal (PDV). Tudo caminha para o processo de privatização dos Correios. O INSS também anunciou essa semana que pretende manter os seus atendimentos exclusivamente por telefone ou internet, fechando as agências físicas.

Posição da APROFERP em apoio ao professor Misael



Posição da APROFERP em apoio ao professor Misael


O episódio que ocorreu no dia 23 de maio na Rede Municipal de Ensino de Ribeirão Preto contendo acusações contra à prática docente do professor Misael é símbolo de uma conjuntura nacional de perseguição e criminalização aos professores. Tempos obscuros em que o ataque às ciências humanas e à intelectualidade são alvos constantes de um projeto de poder e de governos que visa o desmonte da educação pública e o fim da carreira docente. Tempos em que o culto à ignorância fomenta os tribunais de calúnia, difamação e linchamento de professores. Todo apoio ao professor Misael, que covardemente está sendo atacado nas redes sociais com o objetivo de criminalizá-lo. O fato é grave porque simboliza tempos obscurantistas, em que as pessoas se julgam no direito de julgar, condenar e criminalizar a vida das pessoas, provocando consequências e danos irreparáveis. Tristes tempos em que vivemos uma sociedade do espetáculo, no qual pessoas diante do acesso à internet e às redes sociais não medem as consequências de seus atos e de suas irresponsabilidades.

Educação vs Bolsonaristas: onde está o povo?


A foto que ilustra esse texto é das jornadas de junho de 2013. As cores e as pautas em nada lembram as características das manifestações com camiseta da seleção que, de 2015 para cá, se transformaram em bolsonaristas.

O povo estava nas manifestações de 2013 antes de se tornarem anti-políticas e seletivamente anti-corrupção. Ali as pautas eram em defesa de direitos, basicamente de serviços públicos de qualidade: saúde, educação, segurança, transporte.

Portanto, as coisas tomaram caminhos diferentes a partir de 2013.

É nessa perspectiva que devemos tentar compreender a disputa de manifestações de hoje em dia: a manifestação daqueles que defendem a educação diante dos cortes do atual governo e a manifestação de grupos bolsonaristas e lavajatenses defendendo o fechamento do Congresso e do STF como resposta à perda de popularidade do Presidente.

Onde está o povo?

Está onde esteve na eleição, vendo de longe e tomando, aos poucos, suas decisões políticas.

Na eleição, 57 milhões foram de Bolsonaro, 43 milhões foram de Haddad e 50 milhões se abstiveram.

Nesses primeiros 6 meses de governo Bolsonaro, parte da população tem demonstrado, em pesquisas, que está analisando negativamente o governo. A tensão social cresce desde o governo Temer, a partir dos retrocessos da agenda neoliberal.

A tensão social começou a ganhar as ruas diante dos cortes na educação (que levaram 2 milhões às ruas dia 15 de maio) e poderão fazer, em breve, também em defesa da saúde, pelo emprego e, dia 14 de junho, em defesa da previdência pública.

Ainda restrita a um público que não votou em Bolsonaro, essas manifestações podem ganhar pessoas arrependidas do seu voto, dando um caráter mais próximo a 2013 às mesmas.

Com relação à manifestação em defesa de Bolsonaro, com um caráter forte de crítica à democracia e às instituições (refletindo posturas autoritárias e intolerantes desse grupo), que deve levar neste domingo (26 de maio) em torno de 200 mil pessoas às ruas, tende a diminuir e ficar cada vez mais radical, apontando para um isolamento do governo, caso se mantenha esse viés de confronto inicial.

Ou seja, com relação à disputa entre manifestações, o povo ainda assiste de longe, com um potencial maior de engrossar as manifestações em torno de defesa dos direitos.

Esse é o cenário no horizonte próximo.

Blog O Calçadão

É possível a unidade do campo democrático? Em torno do que?


Essa semana que passou Lula foi visitado em Curitiba pelo Presidente do PDT Carlos Lupi e pelo ex-Governador da Paraíba Ricardo Coutinho, do PSB.

Na saída, tanto Coutinho quanto Lupi enfatizaram a necessidade de resistência frente ao desmonte neoliberal realizado no Brasil pela sequência Temer/Bolsonaro. Enfatizaram, também, repercutindo a conversa com Lula, a necessidade de um projeto nacional que resgate os direitos, o desenvolvimento e a soberania do país.

Assista à fala de Lupi e Coutinho na Vigília Lula Livre


As conversas entre Lula, Lupi e Coutinho vão ao encontro da necessidade de se construir uma frente ampla em defesa da democracia, dos direitos e da soberania. 

Uma unidade que já vem sendo costurada pelos institutos ligados aos partidos de centro esquerda: Instituto Maurício Grabois (PCdoB), Fundação Perseu Abramo (PT), Fundação João Mangabeira (PSB) e Fundação Leonel Brizola/Maurício Pasqualini (PDT). Também vem sendo construída pela tentativa de aproximação de lideranças democráticas e progressistas inclusive do MDB (como roberto Requião), da Rede, da OAB, da UNE, da CNBB e inclusive alas à esquerda do PSDB.

Dória observa as bananadas de Bolsonaro mirando a Presidência


Se há um político habilidoso hoje no Brasil esse tem um nome, João Dória.

Não é o único, mas é um dos principais. Ele sabe caminhar pelas estradas tortuosas que foram sendo construídas a partir de 2013. Sabe surfar na onda anti-corrupção mesmo lidando com corruptos. Sabe surfar na onda de extrema direita sem romper pontes com a democracia liberal e sabe usar das artimanhas da política para puxar o tapete de adversários na hora certa, como fez com Alckmin e agora faz com os demais tucanos no processo de apropriação do PSDB.

Dória é um marqueteiro. Vendeu a imagem de 'gestor' e de conservador de direita como ninguém. 

Eleito, não governou a cidade de São Paulo (perdeu feio a eleição para governador na capital) mas conseguiu levar sua imagem no lugar certo na hora certa, o interior cooptado pelo bolsonarismo. A invenção do 'Bolsodória' foi genial.

sexta-feira, 24 de maio de 2019

VI Semana da Educação, na UNESP/Araraquara, encerra com debate sobre a defesa da Educação do Campo

A Educação do Campo foi o tema da plenária de encerramento da VI Semana da Educação,  na UNESP/Araraquara.
Fotos: Filipe Peres
Instagram: Filipe Augusto Peres


Nesta sexta-feira, 24, o curso de Pedagogia da Unesp/Araraquara realizou o encerramento de sua VI Semana da Educação com o tema "Atual contexto da educação brasileira: como resistir ao obscurantismo". 

quinta-feira, 23 de maio de 2019

Quando Ribeirão Preto perdeu o Trólebus e o rumo

Foto Allen Morrison

É bastante claro para todo mundo, e já há bastante tempo, que as Prefeituras estão cada vez mais engessadas na sua capacidade de investimento e de tocar a máquina pública com um padrão minimamente aceitável pela população.

Ribeirão Preto não foge à essa regra, com a Prefeitura incapaz de dar respostas às necessidades de um centro urbano onde moram mais de 600 mil pessoas e por onde transitam mais umas 200 mil todos os dias.

Os funcionários públicos municipais, assim como todo o conjunto dos servidores públicos brasileiros, cada vez mais veem seus direitos sumirem e a sua condição perante o povo ser desgastada por Prefeitos e demais administradores públicos atrelados na correia de transmissão do neoliberalismo.

Ribeirão Preto tem enormes dificuldades nos serviços de saúde, educação, infraestrutura, desenvolvimento econômico e meio ambiente. Além de ter uma administração centralizada e sem condições de tocar um projeto de cidade democrática, progressista, inclusiva e ambientalmente sustentável como é absolutamente necessário.

Cortes na educação: precisamos chegar na PEC do teto de gastos e na dívida pública - Por Leonardo Sacramento


Os cortes na educação não se devem unicamente ao bolsonarismo. É um erro! 
O bolsonarismo é o meio pelo qual está sendo aplicada a Emenda Constitucional nº 95, conhecida como PEC do Teto dos Gastos ou PEC da Morte. 
A Emenda obriga o governo federal a gastar/investir apenas a despesa primária mais a inflação dos últimos doze meses. Em contexto de baixo crescimento (arrecadação) e inflação, o orçamento proporcionalmente até diminui diante do aumento real de gastos (crianças não deixam de nascer e pessoas não deixam de se acidentar porque o orçamento parou).
A Emenda está sendo aplicada por meio da criminalização das atividades acadêmicas (pesquisa inútil, pessoas peladas, balburdia) e docente (doutrinação e escola sem partido). O fim é a Emenda e a limitação orçamentária para pagar juros da dívida pública aos rentistas ligados ao Itaú, Bradesco e Santander, e o meio é a criminalização, ou o bolsonarismo/olavismo. 
Escola sem Partido, doutrinação e toda essa verborragia ideológica explicam e sistematizam para parte da população a diminuição dos gastos/investimentos em educação. 
Há melhor maneira de diminuir recursos criminalizando de forma genérica a área? 

quarta-feira, 22 de maio de 2019

Pedro II: a Esplanada é do povo, o Theatro, não - Por Gusmão de Almeida

O professor José Marcelino fala aos jovens na Esplanada

"Como é bonita a juventude".

Com essa frase me faço presente novamente neste veículo de comunicação.

Sei que há tempos não escrevo por aqui e nem em lugar algum.

Não o faço por ausência de assunto, mas por pura falta de inspiração.

São tempos difíceis, como vocês sabem. Tempos onde o coração entristece e a pena seca.

E se isso é verdade para muitos ainda cheios de vida e disposição, imaginem vocês para um velho cansado como eu.

Ânimo me faltou tanto para colocar minha pena em ação quanto para minhas andanças pela cidade. Rumino certo mal estar com uma Ribeirão Preto capaz de entregar 70% de seus votos a uma besta (fera).

Aliás, em termos de voto, o ribeirão-pretano é sui generis, mas isso ficará para uma outra história.

Mas sempre é tempo para uma injeção de energia como a que tive nesta última semana com a linda manifestação de estudantes em defesa dessa ferramenta tão bela chamada educação pública.

Educação pública da qual sou fruto e à qual vi nascer lá pelos anos 1930.

Bom, o fato é que na última quarta-feira me pus de pé fui à Esplanada acompanhar a manifestação. Sentei-me em um banco próximo ao relógio de onde eu outrora, por tantas vezes e em tantas ocasiões, sentara para mirar a Praça XV e as pessoas.

Foi então que eles chegaram. Barulhentos, cantando, gritando em sua esperança e coragem juvenil.

Encheram a Esplanada.

domingo, 19 de maio de 2019

Os camisas amarelas: da anti-corrupção ao bolsonarismo neofascista

A saga neofascista dos camisas amarelas
Já eram favas contadas
O carnaval desse ano já havia sido uma prévia daquilo que as últimas pesquisas de popularidade já indicavam e o último dia 15 de maio comprovou: a figura de Bolsonaro derrete dia a dia diante de sua personalidade grotesca e de seu governo ideológico, escatológico, autoritário e incapaz.

Quantos dos 57 milhões de votos que Bolsonaro recebeu no segundo turno de 2018 já se somam aos 43 milhões que votaram em Haddad ou aos 50 milhões de decidiram não votar ano passado?

Certamente muitos milhões que, inclusive, já estão propensos a irem às ruas em defesa da educação (30 de maio) e contra a reforma da previdência (14 de junho).

Nessa perspectiva, é irresistível refletir sobre a saga dos 'camisas amarelas', marca que se tornou o indicativo das manifestações que ganharam força defendendo o impeachment de Dilma em 2015 e 2016.

Eles estarão nas ruas no próximo dia 26, convocados por movimentos bolsonaristas que buscam defender Bolsonaro diante da crise de seu governo e do cerco das investigações contra o filho senador Flávio.

Vão às ruas "contra o sistema", pelo fechamento do Congresso, pelo fechamento do STF e pela implantação de uma espécie de 'ditadura bolsonarista' ("cristã", "anti-globalista", "anti-comunista" e neoliberal).

Quantos ainda serão é difícil responder. Muitos democratas já abandonaram essa camisa faz tempo.

Mas, como os 'camisas amarelas' chegaram a esse fim, a ponto de defender uma agenda claramente neofascista, é possível especular.


Das jornadas de junho de 2013 aos xingamentos na Copa 2014

2013 foi o ano dos maiores movimentos de rua da história do Brasil. Um movimento que questionava a conjuntura política e econômica do país e tinha na pauta muitas coisas que cobravam, grosso modo, a consolidação dos direitos sociais contidos no artigo 6o da Constituição.

Saúde padrão Fifa, educação padrão Fifa, lembram?

Ribeirão Preto: resumo da semana (19/05/2019)


Semanalmente o Blog O Calçadão publica um resumo comentado de tudo aquilo que agitou ou interessa para a cidade de Ribeirão Preto.

1. 2 milhões em defesa da educação: o último dia 15 de maio marcou o início de um processo de manifestações de rua contra a política de retrocesso conduzida pelo governo Bolsonaro contra a educação pública, em todos os níveis. Além do retrocesso ideológico, através de políticas que incentivam a intolerância e a depreciação de professores, há um processo sem precedentes e sem critérios técnicos de cortes na educação, do ensino básico à pós graduação. Foram cerca de 8 bilhões cortados e 30% em média no orçamento de universidades e institutos federais (dinheiro necessário para manter o funcionamento das instituições). As instituições federais atendem 70% de estudantes filhos de famílias de baixa renda (principalmente nos Institutos Federais). Mais de 2 milhões foram às ruas no Brasil. Em Ribeirão Preto foram 3 mil, em Araraquara foram 2 mil e em São Carlos foram 15 mil, além de dezenas de outras cidades do interior paulista, como Catanduva (com uma manifestação de 500 pessoas). O movimento continuará no próximo dia 30 de maio e tende a se unir ao movimento contra a reforma da previdência, com greve geral marcada para o dia 14 de junho.

2.  O perigo do saneamento básico privatizado: assim como o banqueiro Paulo Guedes, que à frente de uma política econômica desastrosa ameaça privatizar até os palácios do governo, Dória também promete privatizar tudo o que puder em São Paulo. Um dos objetivos de Dória é privatizar a Sabesp (companhia de água e saneamento básico do Estado). Será um desastre. O saneamento básico só anda para frente, no Brasil e no mundo, a partir de investimentos públicos, pois é uma política de saúde pública e de infraestrutura cara e necessária em locais onde não interessa ao 'mercado'. 50 % dos domicílios do país ainda não têm saneamento básico adequado. Mas estamos sob o domínio do neoliberalismo, da política de 'Estado mínimo' e lucro máximo do sistema rentista. A sinalização da privatização da Sabesp é péssima para o futuro do Daerp e os cidadãos ribeirão-pretanos que ainda sonham com uma cidade desenvolvida e mais justa precisam colocar as barbas de molho.

3. Prefeitura suspende licitação para obras em escolas: investimentos na reforma da estrutura elétrica em parte de 109 escolas do município foram suspensos a pedido da Secretaria Municipal da Educação sob a alegação de readequação da matriz orçamentária. Os problemas estruturais atingem em cheio cerca de 80% das escolas da rede municipal e o CAIC Antônio Palocci, no José Sampaio (zona oeste), está interditado há mais de um mês, deixando de atender cerca de 800 crianças. A Secretaria da Educação sofreu uma mudança de secretário há poucos dias e, segundo levantamento da Aproferp (Associação dos Profissionais da Educação de Ribeirão Preto), há um déficit de 600 professores e 500 inspetores de alunos na rede.

4. 10 mil querem ser professor em Ribeirão Preto: edital da Prefeitura abre possibilidade de contratação de 55 professores para o Ensino fundamental em Ribeirão Preto. Cerca de 10 mil pessoas se inscreveram para o concurso público. A procura elevada se deve à necessidade de trabalho, diante do desemprego recorde no Brasil, e pelo salário pago pela Prefeitura de Ribeirão Preto acima do piso nacional da categoria (atualmente em 2500 reais). As escolas do município têm um déficit de 600 professores segundo números da Aproferp. Também é preciso dizer que a profissão docente, em todo o país e em todos os níveis de ensino, está sendo depreciada pela política econômica neoliberal implantada no Brasil. É fundamental que os futuros profissionais docentes de Ribeirão Preto se juntem aos atuais na defesa da profissão e da própria existência da educação pública, seriamente ameaçada nos últimos anos, principalmente pela posição ideológica e política do atual governo.

Educação em tempos de Escola Sem Partido

Márcio Silva, Presidente do Conselho Municipal de Educação, e Mirian Goldshimitd, Primeira Secretária de Educação, conduziram a mesa.
Fotos: Filipe Peres


Como encerramento do Dia Nacional de Greve da Educação, no último dia 15 de maio, organizado pelo Conselho Municipal de Educação, aconteceu na Câmara Municipal de Ribeirão Preto a mesa de conversa com o professor do IFSP/Jacareí, doutorando em Educação, Jeferson Gonzales para falar sobre "A Educação em Tempos de Escola Sem Partido". Fruto de sua pesquisa acadêmica, o doutorando mostrou que o projeto "Escola Sem Partido", apelidado por ele de "escola da mordaça", é altamente ideológico.

sexta-feira, 17 de maio de 2019

Vem aí o Enem de Bolsonado, segure-se quem puder


O governo Bolsonaro, eleito na terrível eleição de 2019, quando 57 milhões de brasileiros depositaram ódio e desconhecimento nas urnas, é uma peça de tragicomédia. 

Mistura militares aposentados com cabeça pré-64, obscurantistas e astrólogos macartistas de todo tipo e duas alas que, aos poucos, buscam se descolar, evangélicos neopentecostais  e javajatenses moristas.

Todos primam pela incompetência, amadorismo, extravagância e pouco apreço pela democracia, inclusive o Paulo Guedes, o operador do balcão de negócios dos bancos que responde pela economia desastrosa do governo.

Nunca, "na história desse país", a instituição Presidência da República foi tão rebaixada quanto agora pela figura tosca, estúpida e ignorante do atual presidente, e o mesmo se pode dizer do governo como um todo.

Outro dia o 'chanceler' Ernesto foi fazer um périplo por países do leste europeu, visitando representantes do tal "populismo de direita", uma espécie de neofascismo brega, na Hungria e Polônia. Tirou foto em frente a imagem de um rei polonês que hoje é símbolo de supremacistas brancos na Europa.

Na educação, onde a continuidade de políticas de Estado são fundamentais, o que predomina é o caos. O atual ministro, que na verdade é um carniceiro da educação, ao advogar corte de verbas e importância na própria pasta, deu continuidade de maneira mais violenta e arrogante à cruzada de luta contra o "marxismo cultural" inventado por um guru astrólogo que mora nos EUA.

A total desorganização no MEC foi agravada com um corte de verbas fora dos padrões aceitáveis, comprometendo o funcionamento da estrutura educacional brasileira. No ensino superior o quadro é ainda pior, porque os cortes se somam a uma campanha de difamação de universidades públicas, seus professores e seus alunos.

quinta-feira, 16 de maio de 2019

Em Ribeirão Preto, milhares vão às ruas em defesa da Educação


Professor José Marcelino, do curso de Pedagogia (USP/Ribeirão Preto)
ministrou aula aberta na Esplanada do Teatro Pedro II.
Fotos: Filipe Peres
Instagram: filipeagustoperes

Em passeata que saiu da USP, estudantes, professores, integrantes de movimentos sociais e da sociedade civil manifestaram repúdio ao corte de 30% no orçamento das universidades federais.

terça-feira, 14 de maio de 2019

Por que é importante parar no dia 15 pela educação?



A Constituição de 1988 aponta um Estado de Bem-Estar Social para o Brasil, amparado em um tripé fundamental: Seguridade Social (aposentadoria pública/solidária e Assistência Social), SUS (Saúde Pública Universalizada) e Educação Pública universalizada.

Construímos, assim, um sistema de amparo e inclusão social dos melhores do mundo, principalmente para um país com tamanha desigualdade como é o Brasil.

Para sustentar isso, a Constituição prevê as fontes de financiamento vindas da União, Estados, municípios e contribuições sociais (empresas e trabalhadores), além de determinar investimentos mínimos da União, Estados e municípios em saúde e educação (artigo 198 e artigo 212)

Logicamente que a sustentação de um Estado de Bem Estar Social depende da política econômica e da estrutura tributária definidas, além de um projeto de país que aponte para uma sociedade menos desigual e mais justa.

Mas a consolidação desse sistema, contido no artigo 6o da Constituição de 1988 (Dos Direitos Sociais), enfrenta dificuldades e obstáculos desde a promulgação da nossa "Carta Cidadã".

domingo, 12 de maio de 2019

Ribeirão Preto: resumo da semana (12/05/2019)


Semanalmente o blog O Calçadão publica um resumo comentado das principais notícias que movimentaram a cidade de Ribeirão Preto.

1. A Agrishow e o nosso Prefeito: sabemos que Duarte Nogueira é totalmente defensor do agronegócio e, dentro do PSDB, sempre foi da ala mais próxima ao neoliberalismo. Não é surpresa, agora, que Nogueira tenha simpatias pelo atual governo federal, fruto da aliança entre o neoliberalismo e o obscurantismo de extrema direita, e um entusiasta da forma neoliberal truculenta de governo de seu correligionário Dória em São Paulo. Portanto, na Agrishow, Nogueira se sentiu em casa. A fala de Bolsonaro em defesa de milícias rurais para assassinar trabalhadores sem terra não o assustou. Os cortes draconianos no financiamento da agricultura familiar, que inclusive produz aqui em Ribeirão Preto, não o sensibilizou. A recessão com inflação ( a partir da alta do dólar) que pode impactar duramente as exportações não o preocupou. Animado, Nogueira foi à sua coluna semanal em um jornal local para festejar a Agrishow e defender, pasmem, a reforma da previdência do banqueiro Paulo Guedes, aquela que quer transferir a previdência pública brasileira para os bancos, fortalecendo o setor rentista e levando os trabalhadores brasileiros ao empobrecimento na velhice. Para ele, a reforma da previdência, assim como era a reforma trabalhista do governo Temer, que Nogueira apoiou, será a salvação nacional. Assim é o nosso Prefeito. Seguimos.

2. A Agrishow e a agricultura familiar: o atual governo federal cortou 30 bilhões do orçamento federal e, além da educação, outra área que teve cortes profundos e destruidores foi a agricultura familiar. O ano de 2019 será o de menor orçamento da história para esta área. É sempre bom lembrar que a agricultura familiar, feita em pequenas e médias propriedades rurais, produz a comida que de fato chega na mesa do brasileiro (arroz, feijão, milho, frango, frutas, legumes e verduras) e cada vez mais dentro de um ramo de agroecologia, ou seja, produção sem agrotóxico. Aqui em Ribeirão Preto, um exemplo, dentre outros, é o do Assentamento Mário Lago, do MST, na antiga Fazenda da Barra. Mas a agricultura familiar não entra na Agrishow, a feira do agronegócio. E. logicamente, não houve por parte do nosso Prefeito nenhuma palavra a esse respeito. É como se os cortes na agricultura familiar não fossem impactar a nossa cidade. A falta de projeto de cidade que há anos nos afeta e nos atrasa, também se reflete na falta de visão da necessária integração entre campo e cidade nas nossas franjas urbanas. A Agrishow desse ano foi, mais do que em anos passados, um teatro de tragicomédia.

3. Greve dos servidores: após 23 dias de paralisação e uma suspensão tática em 3 de maio, a greve do servidores públicos de Ribeirão Preto foi judicializada no TJ/SP. Antes e após a greve, a Prefeitura se manteve bloqueada para o debate, oferecendo reajuste zero argumentando que não poderia ultrapassar os limites da lei de responsabilidade fiscal para gastos com folha de pagamento. Segundo o Sindicato dos Servidores, segue o estado de greve. É fato que os orçamentos públicos estaduais e municipais estão enfraquecidos pela crise econômica e pelo congelamento de gastos por 20 anos aprovado no governo Temer, mas a falta de diálogo e a tentativa de desprestigiar os servidores diante da opinião pública é um fato desde o início do mandato de Duarte Nogueira. O debate de um projeto de cidade deve obrigatoriamente conter os servidores e o serviço público como fatores fundamentais. É através dos servidores e do serviço público que as políticas governamentais chegam até a população. Distorções precisam e devem ser corrigidas, mas a absoluta maioria dos servidores são trabalhadores pobres, moradores dos bairros populares e profundamente interessados em prestar bons serviços para a cidade. Em tempos de dificuldades, é preciso haver unidade e transparência, mas essa não é a lógica de quem governa a partir dos preceitos neoliberais, privatistas, como no caso de Nogueira. 

sábado, 11 de maio de 2019

Seminário diz não à reforma da previdência e defende tributação solidária em Ribeirão Preto

O Seminário Estadual Contra a Reforma da Presidência reuniu todo o campo progressista em Ribeirão Preto.
Fotos Filipe Peres

O Comitê Regional Unificado contra a reforma da previdência proposta pelo governo Bolsonaro através do banqueiro Paulo Guedes realizou um seminário estadual neste sábado na Câmara Municipal de Ribeirão Preto.

Estiveram presentes lideranças sindicais, entidades classistas, movimentos sociais além dos deputados Paulo Teixeira, Márcia Lia e Bebel.


O presidente da ANFIP (Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal) Floriano Martins defendeu que o atual modelo de previdência pública brasileiro é um dos melhores do mundo, garantindo que a taxa de pobreza dos idosos brasileiros seja comparada à de países da OCDE.

sexta-feira, 10 de maio de 2019

Comissão de Direitos Humanos da OAB de Ribeirão Preto realiza evento de resgate da memória dos horrores cometidos pela ditadura civil-militar (1964-1985)

Da esquerda para a direita: Bruno César, Presidente da  CDH/, OAB,o Marcelo Botosso, Historiador, o secretário adjunto da OAB de Ribeirão Preto, Ricardo Sobral e Eduardo Silveira, Coordenador da Comissão da Verdade, em Ribeirão Preto.
Fotos: desconhecidas


Motivada pela ordem do Presidente Jair Bolsonaro para que se celebrasse o golpe militar, a Comissão dos Direitos Humanos, da  OAB,e décima segunda subseção, no dia 8 de maio, às 19:30, na Casa da Advocacia e Cidadania, também conhecida como sede da OAB em Ribeirão Preto,  com a presença do Historiador e autor do livro "FALN: A Guerrilha em Ribeirão Preto", Marcelo Botosso, o incluindo o evento "CDH: Formas de resistência e guerrilha na região de Ribeirão Preto".

Moradores do Complexo Ribeirão Verde exigem Reforma geral da EMEF Geralda de Souza Espin

Moradores do Complexo Ribeirão Verde exigem reforma geral da EMEF Geralda de Souza Espin.
Fotos: Moradores do Complexo Ribeirão Verde


Por Associação de Moradores do Complexo Ribeirão Verde.

Em um trabalho, Associação de Moradores, Profissionais e Pais dos alunos da EMEF Geralda de Souza Espin foi elaborado um documento com todos os problemas estruturais, a falta de professores e também de outros funcionários. Este documento foi protocolado no ministério público na tarde desta quinta-feira dia 09/05/19.

quinta-feira, 9 de maio de 2019

Como em todo o país, corte de Bolsonaro no FUNDEB poderá jogar a Educação Básica de Ribeirão no abismo


Bolsonaro mentiu à população quando afirmou em programa de Luciana Gimenez que havia transferido 30% da verba das universidades para a Educação Básica. Na verdade, além do corte de 30% no ensino superior, o ultra-direitista cortou quase a metade da verba destinada à Educação Básica.


A perseguição política aos educadores não tem limites no atual governo. Com isso, a educação brasileira poderá mergulhar no caos total, já no segundo semestre de 2019. Após o corte de 1/3 da verba destinada ao Ensino Superior, o governo de Jair Bolsonaro resolveu cortar 2,5 bilhões de reais da Educação, 48% da verba do FUNDEB. De acordo com o Presidente do Conselho de Acompanhamento e Controle Social do FUNDEB, Sebastião Oliveira, este corte fará com que a Educação Básica de Ribeirão Preto entre em colapso, assim como todo o país, já no segundo semestre, agravando ainda mais a situação de abandono da pasta.

Servidores discutem a necessidade de terem um calendário anual de luta

Servidores desejam construir um calendário anual de luta.

Duarante a assembleia geral realizada nesta quarta-feira (8), os servidores municipais, além de recusarem a proposta esdrúxula do governo, debateram a necessidade de criarem um calendário anual de luta contra os retrocessos impostos pelos governos municipal, estadual e federal.

Veja o vídeo:

quarta-feira, 8 de maio de 2019

Vai judicializar!

Os servidores negaram veementemente a proposta de Nogueira.
Fotos: Filipe Peres
Em reunião realizada com o comando da greve, o governo apresentou, nesta quarta-feira (8), uma proposta risível aos servidores: não descontar os dias parados mediante reposição e, "quando puder, negociar um reajuste salarial".

segunda-feira, 6 de maio de 2019

PT estadual traz caravana de deputados para Ribeirão Preto no dia 11 de maio



A Câmara Municipal de Ribeirão Preto receberá no próximo dia 11 de maio uma caravana de deputados em evento organizado pelo PT de São Paulo.

O evento denominado "Seminário da Caravana PT Macro Ribeirão Preto" ocorrerá a partir das 9h.

A atividade é organizada pelo PT Estadual com a proposta de discutir os cenários políticos nacional e estadual, tratar dos ataques à democracia, em defesa da liberdade do presidente Lula e debater a organização interna do Partido.

Participam do encontro militantes, filiados, simpatizantes, representantes de movimentos sindicais e sociais e defensores da democracia, além de prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e secretários municipais do Partido dos Trabalhadores na região.

O PT tem realizado as Caravanas desde o mês de março e já esteve nas Macros Sorocaba, Araçatuba, Noroeste Paulista e Bauru. Agora, chega à Macro Ribeirão Preto, que é composta por 84 cidades, que vão desde as microrregiões de São Carlos e Araraquara até as microrregiões de Franca e Barretos.

domingo, 5 de maio de 2019

A extrema direita tem pautado a oposição e a mídia alternativa


A explicação filosófica, histórica e sociológica do porque do crescimento da aceitação popular de um discurso de extrema direita misturado ao mais rasteiro liberalismo de botequim será tarefa da academia. Talvez o fracasso do mundo pós-guerra, a partir do avanço neoliberal e sua brutal concentração de renda, explique alguma coisa.

Mas o fato é que o tal populismo de direita avança no mundo de maneira constante desde a crise do capitalismo de 2008 e está cada vez mais em aliança com os interesses do capital financeiro, inaugurando a fase do neoliberalismo autoritário.

O Brasil é, dentre outros exemplos mundo afora, um caso concreto de como a narrativa de extrema direita adquiriu enraizamento popular através de uma estratégia profissional de atuação nas mídias sociais aliada ao poder de persuasão das igrejas neo-pentecostais a partir de um ambiente de crise econômica e descrédito na política.

Apesar das grandes diferenças de estilo e objetivo, rapidamente a extrema direita se aninhou no colo do capitalismo financeiro em busca de poder político, por um lado, e de poder econômico, de outro. O alvo no mundo inteiro, e no Brasil especificamente, é o Estado de Bem-Estar Social, principalmente a poupança pública para investimentos em saúde, educação e aposentadoria.

Tanto isso é verdade no Brasil, que hoje estão todos juntos (mídia empresarial, bancos, latifundiários, rentistas, igrejeiros, extremistas e militares entreguistas) na defesa da reforma da previdência que busca entregar 700 bilhões anuais da previdência pública para o controle dos bancos.

Contra essa realidade o campo democrático e anti-neoliberal pouco tem conseguido fazer.

sábado, 4 de maio de 2019

Movimentos sociais decidem se unir pela democracia e os direitos

Fotos: Paulo Honório

Neste sábado, 4 de maio, na Cerâmica São Luiz (Ong Viva Cidade), ocorreu o encontro do Fórum de Movimentos Populares de Ribeirão Preto. Na pauta, a necessidade de unidade para a resistência contra os retrocessos no campo da democracia e dos direitos sociais.


O encontro contou com a presença de várias lideranças representando os movimentos de luta pela terra, pela moradia, pelos direitos das mulheres, pela saúde, educação, meio ambiente, mídia alternativa, além de lideranças do movimento cultural, sindical e do campo do direito.

Ádria Bezerra, do movimento de mulheres negras, destacou a importância de um encontro entre movimentos sociais para aprofundar o debate sobre os retrocessos que ameaçam as mulheres, as mulheres negras e o conjunto da população negra: desemprego, violência e as dificuldades de aposentadoria e de acesso à educação e saúde públicas.

Franciele (OAB), Ádria, Judeti Zili e Fred (MST)
A professora Judeti Zili, presidente do Conselho Municipal da Mulher, destacou a luta dos servidores públicos municipais diante de uma greve que denunciou a ausência de diálogo por parte da Prefeitura e a denúncia sobre o desmonte dos serviços públicos na cidade."Politicamente, os servidores deram o recado e a educação esteve na linha de frente".





A população de Ribeirão Preto tem enfrentado muitas dificuldades nos últimos anos diante de administrações municipais corruptas, como a passada, e incompetentes, como a atual, onde o debate democrático para a construção de um projeto de cidade inexiste.

Instituto Território em Rede critica falta de transparência e diálogo em projeto de lei que pode condenar áreas de APPs

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