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segunda-feira, 27 de novembro de 2023

Estudo da Universidade de Manchester revela ligação das desigualdades socioeconômicas com aumento de mortes por infecções generalizadas

 

Imagem: Freepick


Pesquisa destaca relação direta entre privação socioeconômica e aumento de mortalidade por sepse 

Um estudo recente conduzido pela Universidade de Manchester, publicado no jornal eClinicalMedicine no último dia 23 de novembro apresenta descobertas reveladoras sobre a relação entre desigualdades socioeconômicas e o risco de mortalidade por infecção generalizada (sepse). Investigando 248.767 casos de sepse não relacionada à COVID-19, os dados destacam desigualdades significativas na saúde que impactam desproporcionalmente os grupos mais vulneráveis da sociedade.

Desigualdades Socioeconômicas e Risco de Mortalidade:

A pesquisa revelou que indivíduos pertencentes a grupos socioeconômicos desfavorecidos enfrentam quase o dobro de chances de morrer de sepse dentro de 30 dias. Essa ligação direta entre privação socioeconômica e risco de mortalidade ressalta a urgência de abordagens mais equitativas na saúde pública.

Condições de Saúde Preexistentes e Fatores de Risco: Além disso, o estudo identificou que pessoas com deficiências de aprendizagem têm quase quatro vezes mais chances de desenvolver sepse. A pesquisa também associou a condição a uma prevalência significativamente maior da doença em pacientes com condições crônicas, como doenças hepáticas e renais. Fatores como câncer, doenças neurológicas, imunossupressão e múltiplos cursos prévios de antibióticos também foram apontados como aumentadores de risco.

Implicações Clínicas e de Saúde Pública: As implicações clínicas e de saúde pública destacam a necessidade urgente de modelos de previsão de risco de sepse que considerem o status de doença crônica, privação socioeconômica e deficiências de aprendizagem. O estudo sublinha a complexa interação entre o status socioeconômico, condições médicas subjacentes e o risco de sepse, desafiando os sistemas de saúde a reconhecer e mitigar essas desigualdades.

Comportamento Social e Cuidados de Saúde:

A análise revelou uma redução na incidência de sepse não relacionada à COVID-19 durante a pandemia, sugerindo que mudanças no comportamento social e na prestação de cuidados de saúde podem ter influenciado essa queda. Esse aspecto merece uma investigação mais aprofundada para compreender os impactos dessas mudanças.

Os autores é preciso aprimorar a prevenção da sepse, direcionando antimicrobianos de forma mais precisa para pacientes de alto risco. A abordagem holística que considera as complexidades socioeconômicas e de saúde também é destacada para enfrentar os desafios associados à sepse.

O estudo termina por chamar atenção para a necessidade imediata de estratégias mais inclusivas e abrangentes para prevenir e tratar a sepse. 




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