Nos últimos três meses o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, se comprometeu com os trabalhadores da saúde pública a minimizar o arrocho salarial e a falta de políticas de recursos humanos para essa categoria, que vêm sendo historicamente massacrada e desmerecida.
Durante a pandemia do Covid-19, esse conjunto de mulheres e homens comprometidos com a saúde e com capacitação técnica foi a principal força social viva que desempenhou um papel de proteger e salvar vidas, colocando a própria integridade em risco, fator esse que foi fundamental para vencer a crise viral provocada pelo Corona!
Pensávamos nós que todo esse serviço prestado a sociedade seria suficiente para convencer o governador e seus auxiliares da necessidade de revalorizar esses trabalhadores. Mas, nos enganamos, Tarcísio prometeu a plenos pulmões que pagaria um adicional anual, levando-se em conta o desempenho das unidades de saúde, juntamente com a valorização do nosso minguado vale alimentação.
Diante disso, paramos uma greve por respeito ao acordo e aguardamos o desfecho do governo Tarcísio. No entanto, ficamos sabendo agora que não vai restar “nem mel, nem cabaça”!
Tarcísio descumpre o que foi acertado em mesa de negociação com o Sindsaúde-SP e se desqualifica em suas palavras. Tarcísio mente e mente descaradamente. Não para mim ou para os trabalhadores, mas para a sociedade paulista que talvez ele desconheça devido ao seu tão pouco tempo em terras caipiras.
Diante desse gesto desleal, iremos realizar uma grande paralisação nos dias 01 e 02 de outubro para velar aquele, cujas palavras, vale pouco e cujo amor maior está em “vender a preço de banana” terras públicas e isentar de impostos empresas multibilionárias.
Ricardo de Oliveira
Trabalhador do Hospital das Clinicas – Ribeirão Preto-SP, onde foi do Conselho Deliberativo.
Atualmente é da executiva do Sindsaúde-SP, do Conselho Estadual de Saúde e mestrando em educação profissional pelo IFSP.
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