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terça-feira, 26 de dezembro de 2017

O caminho está aberto para um debate nacional à esquerda e anti-neoliberal!!


70% dos brasileiros são contra as privatizações!

O caminho está livre para o fortalecimento de um debate nacional centrado no combate ao neoliberalismo, causador de enorme concentração de renda, empobrecimento da população, perda de garantias democráticas e desmantelamento da soberania dos Estados nacionais.


O neoliberalismo é o avanço do capital especulativo e rentista sobre as conquistas do povo trabalhador e é o grande mal a ser combatido e superado no mundo.

Aqui no Brasil o avanço neoliberal foi parcialmente interrompido a partir de 2003 com as vitórias eleitorais do PT, apoiado no campo popular e progressista, mesmo que em aliança com setores fisiológicos da política.

Essa interrupção parcial foi destruída somente com um golpe parlamentar contra o mandato legítimo de Dilma Roussef.

A partir do golpe, um avanço devastador do neoliberalismo sem voto, recolocado na agenda por um governo ilegítimo e rejeitado por mais de 90% da população, tem buscado destruir os direitos do povo, incluindo o direito à saúde, educação e aposentadoria, e tem solapado a soberania nacional colocando à venda ativos públicos fundamentais para um projeto de desenvolvimento nacional, como o setor energético.

A reimplantação do neoliberalismo no Brasil é apoiada também na grande mídia e em setores dentro do aparelho de Estado que leva à frente uma agenda seletiva de 'combate à corrupção' que dialoga e muito com o golpe parlamentar desferido em 2016.

No fundo todos eles, o fisiologismo político, a grande mídia e o aparelho jurídico-policialesco atuam em defesa da agenda do 'mercado' e contra os interesses nacionais e do povo trabalhador.

E, de novo, isto não é algo apenas nosso, é uma agenda mundial de avanço do capital sobre o trabalho e a soberania dos Estados nacionais.

Apesar de o tema das privatizações e dos direitos surgirem como fatores centrais nas últimas 4 eleições presidenciais, é agora em 2018 que um conjunto de propostas à esquerda e anti-neoliberais podem ganhar corpo de um projeto nacional que reconstrua a democracia e o caminho do desenvolvimento com inclusão social, inclusive com as necessárias crítica e autocrítica devida em relação aos governos petistas ao longo de 13 anos.

Esse debate central anti-neoliberal tem eco nas quatro candidaturas progressistas já colocadas: Lula (PT), Ciro (PDT), Manuela (PCdoB) e Boulos (PSOL?). E com Lula, até por toda conjuntura que cerca a sua candidatura e o peso de sua popularidade, o esboço de um programa à esquerda tem sido nítido, incluindo a necessária e fundamental democratização dos meios de comunicação.

7 em cada 10 brasileiros ser contra as privatizações é um dado auspicioso!

E mais, o brasileiro é sensível ao debate social, à uma cosmovisão que dialoga com um Estado do Bem-Estar Social, fundamental para um país do tamanho e com as assimetrias do Brasil, contido nas bases da Constituição de 1988.

E outro conjunto de medidas acompanham esse debate: um novo modelo tributário que incida sobre a renda e os lucros do capital e desonere a produção e o trabalho, por exemplo.

Mas não se pode perder de vista que a batalha de 2018 não será dada apenas nas urnas e sim na luta política de reconstrução da democracia, que ganha importância já no dia 24 de janeiro com o julgamento de Lula no TRF4.

Garantir a candidatura de Lula é o primeiro passo para vencer 2018, dar legitimidade política à eleição e isolar o golpismo. E isso é importante não só para o PT mas para todo o conjunto do campo popular, democrático e progressista que tenha a reconstrução do Brasil como objetivo.

Ricardo Jimenez

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