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sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Por meio do teatro documental, peça Fome.Doc faz crítica à estrutura capitalista e, depois, oferece roda de conversa com a presença do MST

Fernanda Azevedo e Renan Rovida em cena da peça Fome.Doc
Fotos: Filipe Peres
Com roteiro e direção geral de Fernando Kinas, tendo em seu elenco a atriz Fernanda Azevedo, o ator Renan Rovida e o músico Eduardo Contera, Fome. Doc, peça teatral  da Cia de Teatro Kiwi, de São Paulo, apresentou-se nesta quinta-feira, 25, no SESC/Unidade Ribeirão Preto. Utilizando-se da temática da fome, a Cia apresentou em 1:40m, por meio de representações das duas pontas da cadeia (explorador/explorado) reflexões sobre a incapacidade do sistema capitalista de atender as necessidades mais básicas do ser humano.


Para atingir este objetivo, a Kiwi utilizou-se desde textos e autores consagrados de nossa literatura, como João Cabral de Melo Neto, José de Alencar, Graciliano Ramos até documentos jornalístico, falas de autoridade que remetam às vozes imperialistas de empresas como a Monsanto, a Bayern e como estas transnacionais controlam o preço dos alimentos no mundo, impondo a sua política a populações inteiras.

Na outra ponta, durante a peça, o MST apareceu como um foco de resistência, uma denúncia e uma possibilidade de que outra realidade é possível. É deste modo que Fome.Doc levou o público a refletir criticamente a respeito da sociedade brasileira, do fazer teatral.
Eduardo Contera.

Após a apresentação, houve um debate com a presença dos integrantes do espetáculo e a presença do Dr. Frederico Firmiano, professor na área de comunicação da Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG) - Unidade Passos - e dirigente estadual do MST/SP e a também dirigente estadual do Movimento, Neusa Paviato. Às vésperas da eleição presidencial em que um candidato extremista apresenta propostas opressivas à sociedade e parte desta aceita seu discurso, fazendo-o liderar as intenções de voto, a arte da Cia de Teatro Kiwi cumpre um importantíssimo papel de, por meio das diversas linguagens presentes em seu espetáculo, mostrar que um outro país é possível.

Após a peça, aconteceu uma roda de conversa que contou com a
presença do dirigente estadual do MST, Frederico Firmiano.

Mais fotos:

Frederico Firmiano














Neusa Paviato


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