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terça-feira, 9 de maio de 2017

Se estivéssemos em plena democracia, Moro já teria sido afastado do caso Lula. Mas nossa democracia está mais ferida que a economia!


A existência de um juiz do tipo Moro e da própria Lava Jato, com todas as suas arbitrariedades, desmandos e parcialidade midiática só é possível em um Estado onde a democracia já não é mais plena.

E a democracia no Brasil já não é plena há algum tempo.


O garrote da democracia brasileira sempre esteve nas mãos de uma elite cujos interesses não são os interesses soberanos do país e nem os interesses legítimos do povo.

A mídia hegemônica, empresarial, anti-nacional e anti-popular é apenas um instrumento de ação desse garrote.

A Lava Jato e o golpe do impeachment, realizado pelos caciques da política, andam juntos e a mídia é o cimento da manipulação da opinião pública.

Vivemos em um Estado de exceção!

Um juiz, ao lado de seus apoiadores, dentro e fora do aparelho de Estado, atua como inquisidor, contrariando o princípio democrático da Justiça. A mídia é sua aliada, inclusive na divulgação criminosa de um grampo ilegal contendo a voz da Presidente da República, interferindo em assuntos soberanos de Estado.

Um juiz que condena antes de julgar e que tem na figura de um ex-Presidente o seu foco. Um juiz que age politicamente em parceria com a mídia.

Estivéssemos em plena democracia e a existência de um juiz como Moro, e da própria Lava Jato, com seus métodos de arrancar 'delações' e vazar seletivamente para a mídia, seria impensável.

Vivemos tempo obscuros. Mais obscuros ainda se tornam quando percebemos que a perseguição e o golpismo não miram apenas a figura de ex-Presidente e seu partido, mas miram o projeto nacional de desenvolvimento e a liberdade da luta popular organizada.

Destruir as bases da soberania nacional, destruir as bases da economia nacional, destruir os direitos do povo e criminalizar as próprias lutas reivindicatórias do povo. Esse é o alvo maior.

O primeiro passo para lutarmos e vencermos um Estado autoritário e de exceção é compreendermos e aceitarmos que vivemos em um. O próximo passo é a unidade de todas as forças democráticas na luta para restabelecer o Estado constitucional.

Os 30 mil que estarão em Curitiba esses dias já compreenderam isso.

Blog O Calçadão

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