Por Danilo Valentin
Integrante da Aproferp
Reiventaram o conceito de cinismo. Longe da atitude filosófica, mais para cara de cara de pau, a vereadora, Gláucia Berenice (PSDB), ao ser questionada pelo professor Ramon Faustino no programa "Mentoria 2020", na semana passada, à respeito da situação da creche Cristo Redentor, argumentou que um dos papéis dos vereadores é fiscalizar o executivo.
Indagando se a vereadora concordava com a situação da creche, que ainda segue fechada, ferindo o direito de milhares de crianças, e afetando as famílias, gerando inclusive índices de desemprego, a vereadora iniciou a resposta tentando desconversar e desqualificar o professor, afirmando que ele era um dos opositores ao projeto das Organizações Sociais.
Por fim, a psdbista encerrou seu discurso vergonhoso afirmando que a responsabilidade pela não agilidade do credenciamento das OS se deu por conta do movimento de oposição ao projeto em si. Só lembrando que alguns vereadores afirmaram que a creche estaria funcionando em setembro na noite em que este foi aprovado à revelia da vontade dos especialistas em educação presentes na Câmara.
O fato de não haver nenhum credenciamento em nada tem haver com o movimento que fez oposição ao projeto das OS, mas sim com a falta de interesse das terceirizadas. Fazer tal afirmação é muita desfaçatez. Aliás, não se viu mais nenhum vídeo da tucana em frente a creche, como foi feito em julho quando estava tão empenhada pela aprovação do projeto das OS. Mas ela não estava preocupada com as crianças e as famílias?
Se estivesse, ao invés de desinformar a população atacando com falso argumento quem, de fato, luta por uma educação pública de qualidade, a vereadora deveria fiscalizar o prefeito e cobrar a abertura da creche com professores concursados.
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