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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Sem vacina, sem emprego, sem perspectiva

 


O Brasil está inserido na profunda crise mundial do capitalismo neoliberal detonada em 2008, mas por aqui o nível da crise atingiu patamares de tragédia.

O golpe de 2016 (MDB/PSDB), continuado em 2018 (Bolsonaro/Guedes/mercado/militares), atirou o Brasil no abismo e a pandemia cavou ainda mais o buraco.

Desemprego recorde, destruição de direitos sociais e trabalhistas, aniquilamento da indústria e do setor de tecnologia (vide a entrega da Embraer) e um total pandemônio no gerenciamento da pandemia.

Tem mais: a inflação para as camadas mais pobres é também recorde. Alimentos, aluguéis, combustíveis, gás de cozinha. A classe trabalhadora brasileira nunca viveu um período tão dramático.

No Congresso, dominado pela ganância do chamado "centrão", há as ameaças de privatização do sistema elétrico, cortes na saúde e educação, desmonte do serviço público e mais um grande arrocho fiscal que retira renda dos municípios, dos estados e dos trabalhadores para bancar os rentistas.

Além disso, sempre paira no ar as ameaças anti-democráticas vindas dos setores extremistas do governo e do próprio Presidente, que não trabalha por vacinas mas trabalha pela liberação de armas.

Isso sem falar no pior: a falta de vacinas.

Nunca o Ministério da Saúde foi usado para boicotar ações sanitárias como agora. Não há um planejamento nacional e o país vai entrando na perigosa terceira onda, com novas variantes, já tendo mais de 250 mil mortos.

Essa é a tragédia brasileira.

Como sair dela?

A história mostra que só há um caminho: a unidade de amplos setores em torno de um objetivo. E este objetivo só pode ser a questão nacional, o projeto nacional, que abandone o neoliberalismo e implemente um programa soberano de recuperação do crescimento, da indústria, da tecnologia, da geração de emprego e renda além reconstrução dos direitos sociais, principalmente os direitos trabalhistas e de aposentadoria.

De onde virá essa unidade?

Vamos parafrasear a grande Teresa Cristina: Lula, Haddad, Boulos, Flávio Dino e até Ciro Gomes, dêem seu jeito e se unam em torno de um projeto de reconstrução de base nacional e inclusiva.

Tarefa história e urgente.

Blog O Calçadão

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