Neste domingo uma ação conjunta de movimentos da sociedade civil, com participação da Secretaria Municipal de Assistência social, vai procurar auxiliar os moradores de rua que residem no entorno da Praça Schmidt, no centro de Ribeirão Preto.
Estão previstos o 'Banho Solidário' (ação de uma ong que fornecerá 25 banhos dentro de um caminhão) e distribuição de sopa (cuja ação é realizada semanalmente por algumas entidades civis da cidade no centro e nos bairros).
A Prefeitura estima em 300 o número de moradores de rua na cidade, mas é claro a qualquer morador atento que o número é bem maior e tem crescido com a crise. Os dois locais públicos que recebem pessoas em condições de moradores de rua, o Centro Pop e o CETREM (que foi removido para o Salgado filho I) atendem cerca de 160 pessoas por dia.
O problema tem incomodado os moradores, principalmente aqueles que moram ou transitam pelas praças do centro e dos bairros de Ribeirão Preto. Os moradores de rua se ressentem do tratamento recebido: "não nos tratam como gente", lamenta um deles em reportagem de um jornal local.
Já houve inclusive vereador que ameaçou entrar com um projeto de lei proibindo pedintes na cidade.
O que o blog O Calçadão quer discutir são quais as políticas públicas mais adequadas para atender os moradores de rua com a dignidade e o respeito que esta população fragilizada social e humanamente merece.
Essa é uma questão multidimensional? Envolve problemas que vão de questões familiares a uso de álcool e drogas? É possível elaborar uma política pública humanitária e multi-disciplinar em um município?
O morador de rua, assim como muitos moradores de favelas e ocupações, que enfrenta a questão da miséria, das doenças, da fome e da falta de relações humanas dignas são indivíduos passíveis de direitos e o Poder Público e a sociedade tem o dever de olhar para isso.
O blog acompanhará a ação social na praça Schmidit neste domingo e voltaremos a este assunto em breve.
Blog O Calçadão
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