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terça-feira, 28 de abril de 2020

Falar sobre feminicídio é também falar sobre Políticas Públicas

Por: Judeti Zilli, Presidenta do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Ribeirão Preto

O Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Ribeirão Preto  vêm a público repudiar todas as formas de violência naturalizadas e banalizadas pelo machismo contra as mulheres, que está enraizado na sociedade, e acometem  as mulheres cotidianamente, bem como,  prestar  nossos sentimentos à família da jovem Márcia Mariano, professora  da rede pública municipal.

Os impactos desta pandemia social, cultural e econômica reverberam de várias formas sobre, as relações, relações humanas, podendo chegar em muitos casos à morte. Dados confirmam que a violência contra meninas, adolescentes e mulheres estão sendo agravadas pela pandemia da Covid-19, explicitando as abissais desigualdades sociais através da ausência de Políticas Públicas e investimento humanos e financeiros em todas as áreas.

Manter a dignidade e uma vida sem violência contra as mulheres, ainda é um desafio imenso no país.

O fenômeno da pandemia afetou o mundo todo e sinalizou desde o início a extrema    e sistêmica vulnerabilidade social, ao qual estão submetidas as mulheres e seus filhos. Através da UNU vários países foram convocados a pensarem em ações políticas de enfrentamento e prevenção a violência contra a mulher e soluções para as vítimas como parte de ação nacional, estadual e municipal.
Para tal , devido ao confinamento social, foram pensadas em algumas formas de prevenção e atendimentos online como: a realização de B.O , prorrogação de medidas de proteção, espaços de denúncias e escutas pela rede de proteção entre outras, além de ampla e necessária campanha de divulgação, esclarecimentos , orientações e encaminhamentos de casos a seus respectivos órgãos, instituições e coletivos que compõem a rede de proteção.
Ainda assim, tais procedimentos se mostram falhos e ineficientes inviabilizando possíveis denúncias, uma vez que além da questão cultural, econômica e pessoal, os meios de acessos nem sempre são acessíveis como por ex; boa internet, celulares, tampouco a condição pessoal  da mulher, muitas vezes controladas e vigiadas por seu companheiro.
Muitas mulheres perdem suas vidas por não  denunciar seus agressores e procurar ajuda.

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER   É CRIME E PRECISA SER DENUNCIADA.


Quem comete violência uma vez possivelmente a repetirá se não houver intervenção ou um ponto final.

SE VOCÊ SOFRE ALGUM TIPO DE VIOLÊNCIA, DENUNCIE E PEÇA MEDIDA PROTETIVA CONTRA O SEU AGRESSOR. NÃO FAÇA PARTE DAS ESTATÍSTICAS, PRESERVE SUA VIDA.
SE VOCÊ É UM HOMEM POTENCIALMENTE AGRESSIVO, PROCURE AJUDA. A LEI MARIA DA PENHA  PENSANDO NA PREVENÇÃO  PARA ALÉM DA PUNIÇÃO PREVÊ GRUPOS DE ORIENTAÇÃO E AJUDA  PARA  TRATAR SENTIMENTOS E RELAÇÕES TÓXICAS.

Aqui estão alguns serviços que fazem parte da rede de proteção do município de Ribeirão Preto. 

DENUNCIE! GRITE! NÃO FIQUE SÓ, PROCURE APOIO:

*Disque 180
*Samu 3977-9174/ 192
*Delegacia da Mulher: 3610-4499
NAEM (Núcleo especializado à mulher)3636-3311
  • Patrulha Maria da Penha:3961-1430
  • Conselho da Mulher: 3961-1430
  • Policia Militar: 190
  • ONG Casa da Mulher: 34416435
  • Ong Mãos estendidas: 31037492




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