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terça-feira, 11 de junho de 2019

ASSENTAMENTO EGÍDIO BRUNETTO, EM ALTAIR/SP, REALIZA A SUA 1ª FEIJOADA


A feijoada do Assentamento Egídio Brunetto começou logo cedo, pela manhã,
e atravessou todo o domingo, em Altair/SP (465km de São Paulo).
Fotos: Filipe Peres

O Assentamento Egídio Brunetto, localizado entre os municípios de Altair e Guaraci (465k da cidade de São Paulo), pertencente a regional de Promissão, realizou no domingo, 9, a “1ª Feijoada do Assentamento Egídio Brunetto. Realizada com a intenção de arrecadar recursos para as atividades da comunidade, a feijoada contou com a participação da comunidade, assentados, simpatizantes e aliados do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.


Joca, da direção estadual do MST/SP, declarou que a festa, além da arrecadação, serve para divulgar o trabalho dos assentados para a sociedade que vive o entorno do Egídio Brunetto ou àquelas pessoas que consomem os produtos que o assentamento produz, como é o caso daquelas que frequentam a feira que o assentamento realiza mensalmente na UNESP, em São José do Rio Preto.

 Para Julio Torres, Professor Doutor da UNESP/São José do Rio Preto, foi muito importante estar na 1ª feijoada para “ver toda a organização do assentamento, o quanto o assentamento progrediu [...] na produção de alimentos, contribuindo para o desenvolvimento das próprias famílias e das cidades da região”. 

Ricardo Barbosa, da direção estadual do MST/SP, destacou que o processo do Assentamento Popular Egídio Brunetto, para o MST, é uma concepção política, por conta que o Egídio Brunetto “é um território de resistência e de existência”. Para Ricardo, o fato de as famílias assentadas se organizarem para produzirem, trabalharem no lote de forma autônoma, demonstra que o território é, de fato, pertencente às trabalhadoras e trabalhadores.

Para Ricardo Barbosa, da direção estadual do MST, o Assentamento Egídio Brunetto
é um símbolo de resistência e existência da classe trabalhadora.
Entretanto, o dirigente estadual destacou que essa estrutura construída com tanta luta está ameaçada pela “ofensiva, por essa investida ao INCRA e, com certeza, o resultado disso vai ser uma tentativa de desmonte de todo esse processo de produção do Assentamento Egídio Brunetto”.

Para o militante do MST, dentro deste contexto de resistência (e existência), pensar várias formas de defender os territórios, as conquistas realizadas pelo MST ao longo de seu processo histórico é de vital importância para que se possa dar continuidade ao processo de lutar por uma reforma agrária popular “que dialogue com a cidade, que tenha em seus princípios a produção de alimentos saudáveis, sem agrotóxicos, que possa fornecer uma alimentação saudável para todo o conjunto da classe trabalhadora”. 

Para ele, no Assentamento Egídio Brunetto, conciliar a existência, o local de moradia, a produção são passos fundamentais, exemplos concretos, que ajudam a garantir a continuidade do projeto radical de construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

Veja o vídeo:


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