A feijoada do Assentamento Egídio Brunetto começou logo cedo, pela manhã, e atravessou todo o domingo, em Altair/SP (465km de São Paulo).
Fotos: Filipe Peres
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O
Assentamento Egídio Brunetto, localizado entre os municípios de Altair e
Guaraci (465k da cidade de São Paulo), pertencente a regional de Promissão,
realizou no domingo, 9, a “1ª Feijoada do Assentamento Egídio Brunetto.
Realizada com a intenção de arrecadar recursos para as atividades da
comunidade, a feijoada contou com a participação da comunidade, assentados,
simpatizantes e aliados do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.
Joca,
da direção estadual do MST/SP, declarou que a festa, além da arrecadação, serve
para divulgar o trabalho dos assentados para a sociedade que vive o entorno do
Egídio Brunetto ou àquelas pessoas que consomem os produtos que o assentamento
produz, como é o caso daquelas que frequentam a feira que o assentamento
realiza mensalmente na UNESP, em São José do Rio Preto.
Para Julio Torres, Professor Doutor da
UNESP/São José do Rio Preto, foi muito importante estar na 1ª feijoada para
“ver toda a organização do assentamento, o quanto o assentamento progrediu
[...] na produção de alimentos, contribuindo para o desenvolvimento das
próprias famílias e das cidades da região”.
Ricardo
Barbosa, da direção estadual do MST/SP, destacou que o processo do Assentamento
Popular Egídio Brunetto, para o MST, é uma concepção política, por conta que o
Egídio Brunetto “é um território de resistência e de existência”. Para Ricardo,
o fato de as famílias assentadas se organizarem para produzirem, trabalharem no
lote de forma autônoma, demonstra que o território é, de fato, pertencente às
trabalhadoras e trabalhadores.
Para Ricardo Barbosa, da direção estadual do MST, o Assentamento Egídio Brunetto é um símbolo de resistência e existência da classe trabalhadora. |
Entretanto,
o dirigente estadual destacou que essa estrutura construída com tanta luta está
ameaçada pela “ofensiva, por essa investida ao INCRA e, com certeza, o
resultado disso vai ser uma tentativa de desmonte de todo esse processo de
produção do Assentamento Egídio Brunetto”.
Para
o militante do MST, dentro deste contexto de resistência (e existência), pensar
várias formas de defender os territórios, as conquistas realizadas pelo MST ao
longo de seu processo histórico é de vital importância para que se possa dar
continuidade ao processo de lutar por uma reforma agrária popular “que dialogue
com a cidade, que tenha em seus princípios a produção de alimentos saudáveis,
sem agrotóxicos, que possa fornecer uma alimentação saudável para todo o
conjunto da classe trabalhadora”.
Para
ele, no Assentamento Egídio Brunetto, conciliar a existência, o local de
moradia, a produção são passos fundamentais, exemplos concretos, que ajudam a
garantir a continuidade do projeto radical de construção de uma sociedade mais
justa e igualitária.
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