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quinta-feira, 27 de junho de 2019

Ribeirão Preto: de novo o lixo


A empresa que realiza o serviço de recolhimento e transbordo do lixo na cidade, e que venceu o pregão eletrônico em 2018 tendo o direito de permanecer realizando o serviço, anunciou nesta semana que não vai mais continuar. 

Qual o problema? 


O valor do contrato de 64 milhões de reais não cobre os custos do serviço, segundo a empresa. Esta empresa participou de um pregão eletrônico com outras concorrentes e foram 79 lances, sendo o de menor valor o de 64 milhões dado pela empresa que agora afirma ser um valor insuficiente para o serviço. 

A Prefeitura tem se gabado de fazer economia de milhões de reais com os pregões, escolhendo o menor preço, de acordo com a lei de licitações. Mas os empresários têm criticado o modelo, afirmando que o processo acaba obrigando as empresas a rebaixarem as propostas até valores limites para a prestação do serviço e isso pode acabar impactando a qualidade do serviço prestado à população. 

Bem, como o caso aqui não é analisar a necessidade de reformulação na lei de licitações, mas fica estranho que após o pregão eletrônico a empresa vencedora ameace deixar o contrato se não houver aditivo pré-serviço.

Além disso, fica a pergunta para a Prefeitura: o modelo de recolhimento e destino do lixo em Ribeirão Preto é o mais correto do ponto de vista econômico e ambiental?

Onde está a coleta seletiva? Onde está a separação do material reciclado e o incentivo à formação de cooperativas populares de catadores de reciclados? Onde está a correta adequação do nosso sistema de recolhimento, transbordo, armazenamento e tratamento do lixo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos?

Blog O Calçadão

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