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domingo, 18 de julho de 2021

Semi-presidencialismo: a história se repetindo como farsa

 

Foto e manchete Brasil 247

A história como tragédia e como farsa.

Ontem

1950: Getúlio é eleito e implementa um programa nacionalista e de valorização do trabalhador. É criada a Petrobrás.

1954: Getúlio tira a própria vida para impedir o golpe dos militares entreguistas. 

1955: Juscelino (tido como sucessor de Getúlio) é eleito com um programa desenvolvimentista. Sua posse é ameaçada por uma coalizão entre políticos e militares entreguistas. Marechal Henrique Teixeira Lott (um nacionalista) teve de garantir a posse de Juscelino. A indústria brasileira cresce e é criado o BNDE.

1961: a renúncia de Jânio acende o golpismo novamente. Uma coalizão entre políticos e militares entreguistas quer impedir a posse de João Goulart (outro sucessor de Getúlio). Leonel Brizola, governador do RS, com a campanha da legalidade, garante a posse de João Goulart, mas no sistema parlamentarista (por imposição dos golpistas).

1963: Jango vence o plebiscito e retoma o presidencialismo defendendo uma agenda garantidora de direitos sociais: as reformas de base. 

1964: golpe cívico-militar e 21 anos de ditadura.

Hoje

2002-2015: o PT vence todas as eleições com Lula sendo a liderança política. Preceitos constitucionais de garantia de direitos são cumpridos e um período de geração de emprego e renda é realizado. Lula sai da Presidência em 2010 como o mais bem avaliado da história.

2008-2015: o mundo enfrenta o fracasso neoliberal e sua mais dura crise. A extrema direita ascende no mundo e a política tradicional passa a ser contestada. Em 2013, no Brasil, as manifestações ganham um contorno anti-petista e neoliberal.

2016: golpe do impeachment com a imposição de um programa neoliberal "ponte para o futuro" liderado pela aliança MDB/PSDB/Centrão. 

2018: prisão de Lula por um conluio jurídico-midiático para retirá-lo das eleições onde era o favorito. Os militares passam a compor o projeto neoliberal e pressionam o STF para manter Lula preso e silenciado durante as eleições.

2018: um ex-tenente expulso do Exército e ex-deputado do Centrão ganha as eleições a partir do envenenamento da política e Sérgio Moro, que prendeu Lula, assume como ministro da justiça.

 2020: Lula derruba as condenações impostas pelo lavajatismo, recupera sua liberdade e seus os direitos políticos e lidera disparado as intenções de voto para 2022.

A Farsa

A aliança golpista, neoliberal autoritária, já planeja o golpe do "semi-presidencialismo" antevendo uma vitória de Lula.

A luta

O que fazer? Garantir a vitória de Lula, garantir a posse, garantir um programa econômico anti-neoliberal e um programa de reformas que reconstruam os direitos sociais e a soberania.


Ricardo Jimenez - editor do Blog O Calçadão

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