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terça-feira, 9 de janeiro de 2018

O Papa Francisco é a figura pública mais progressista do mundo!


Vivemos um momento muito doido no mundo.

Enquanto avançam a xenofobia, a exclusão, o ódio no mundo; enquanto o atual Presidente dos EUA propugna uma política belicosa e discriminatória contra islâmicos e demais imigrantes; enquanto golpes e tentativas de golpes retrocedem a América Latina ao mais cruel neoliberalismo e enquanto a Europa se vê às voltas com o renascer do fascismo xenófobo, vem da igreja Católica o maior exemplo de progressismo nos dias atuais.

A agenda de Francisco é a agenda mais progressista no mundo na atualidade.


Defendendo a democracia, o direito de luta dos trabalhadores, o direito de existência de minorias, o direito de existência do Estado palestino e o combate à fome através da regulamentação do capital financeiro e da distribuição de renda, Francisco marca seu lugar na História.

Do El País - Brasil

No momento em que o aumento do número de pessoas com fome, os conflitos e a mudança climática ameaçam deixar para trás ou obrigar milhões de pessoas a emigrar de seus países, não fazem sentido as denúncias de fachada nem as palavras medidas para evitar comprometimentos. Essa é a mensagem que o papa Francisco dirigiu nesta segunda-feira, na sede da FAO, a agência das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), aos ministros da agricultura do G-7. “O que está em jogo é a credibilidade de todo o sistema internacional”, alertou o Papa.
Especulação com o comércio de alimentos, apropriação de terras, cortes na cooperação. Em um discurso contemporâneo, alinhado com outros que já pronunciou anteriormente, o Pontífice abordou sem subterfúgios quase todas as questões que tomam conta do debate sobre a erradicação da fome, suas causas e consequências. “Evitemos apresentar a fome como uma doença incurável”, pediu o Papa.
Na comemoração do dia internacional da alimentação, dedicado à relação entre a falta de alimentos e as migrações, Francisco mencionou as “raízes” do problema: a violência e o clima. Por isso, instou as autoridades do mundo todo a combater o tráfico de armas e a trabalhar em favor da paz. Mais uma vez, fez um apelo à comunidade internacional: “De que adianta denunciar que milhões de pessoas são vítimas da fome e da desnutrição por causa de conflitos e não fazer nada contra isso?”.

Na semana passada, no mesmo local, a sede romana da FAO, reuniram-se representantes de Governos, da iniciativa privada, ONGs e entidades urbanas, camponesas e
 indígenas do mundo inteiro para discutir as formas de garantir uma alimentação suficiente e saudável para todo o planeta. Nesta segunda-feira, o discurso de Francisco coincidiu, em grande medida, com as denúncias feitas nesse encontro.Ele também destacou a relevância do Acordo de Paris contra a mudança climática –“do qual desgraçadamente alguns se retiraram”– e fez um chamamento por uma mudança nos estilos de vida, nos modelos de produção e no consumo de alimentos. “Qualquer discurso sério” sobre a segurança alimentar e a migração, segundo o Papa, tem de partir desses pressupostos.
De forma direta, sem usar de nuances semânticas nem se referir a medidas bem-intencionadas que visariam a evitar o fenômeno, o Pontífice condenou, por exemplo, a apropriação de terras: “Não é justo tirar terras cultiváveis da população, às vezes com a cumplicidade daqueles que deveriam defender os interesses do povo”. Diante de dezenas de diplomatas e representantes governamentais, ao mesmo tempo em que denunciou a corrupção administrativa que em certos casos consome toda ajuda externa, ele insistiu que “é preciso abandonar a tentação de atuar em favor de grupos reduzidos da população”.
O Papa destacou o aumento da produção mundial de cereais como um exemplo a ser seguido, como uma forma de trabalhar atendendo às necessidades de alimentação e não à busca por lucros. “Os recursos alimentícios estão frequentemente expostos à especulação, que os encara somente em função dos ganhos econômicos dos grandes produtores ou das estimativas de consumo”, criticou mais uma vez.
Em sintonia com o discurso do diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva, e de alguns ministros do G-7 que se pronunciaram em seguida, Francisco fez uma aposta em projetos de desenvolvimento rural que gerem emprego e protejam as populações das crises ambientais, para que a migração não seja a única saída possível para milhões de pessoas. E incitou a todos a se envolverem mais. Não é aceitável “entrincheirar-se atrás de sofismas linguísticos”, reduzindo a diplomacia, assim, “a um exercício estéril para justificar o egoísmo e a inação”. Segundo o Papa, é preciso, não tanto piedade –“a piedade se limita à ajuda emergencial”–, mas sobretudo justiça.

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