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sexta-feira, 30 de março de 2018

Desmonte da educação: desgoverno Temer/PSDB age para a fragmentação do IFSP!


Assim como no setor da saúde, cujo Ministro é um representante dos planos privados e já defendeu publicamente a diminuição do SUS, no setor da Educação, cujo Ministro também tem ligações com as corporações privadas, a situação de desmonte do setor público segue a passos firmes no desgoverno Temer/PSDB.

A UNB, dentre outras Universidades Federais, corre risco de fechar por falta de recursos ainda este ano. A pesquisa científica e tecnológica, na prática, já não conta mais com o fomento necessário. E a rede federal de educação técnica e tecnológica também está na mira do desmonte.


Lógico, os Institutos Federais, criados por Lula em 2008, são uma grande pedra no sapato dos interesses das corporações empresariais do setor e que atuam junto com governos privatistas, como os do PSDB, para abocanhar de graça o mercado da educação.

Os IFs representam o ápice de um projeto de uma escola pública de qualidade, oferecendo gratuitamente uma formação integral, do ensino médio ao superior, incluindo EJA, com ênfase no setor tecnológico e na formação de professores, através dos cursos de licenciatura, contando com um corpo docente altamente qualificado, bem remunerado e com toda a infra-estrutura para trabalhar.

Ao longo desses 10 anos, os IFs se espalharam por todos os cantos do Brasil, atingindo principalmente a população mais pobre. Os resultados educacionais dos IFs superam os resultados das escolas particulares.

O projeto dos governos populares de Lula e Dilma era de manter a expansão da rede, mas o golpe de 2016 alterou os planos.

De prioridade, os IFs se tornaram o alvo do desgoverno Temer/PSDB e do Ministro Mendoncinha (leia: Quem indicou Mendoncinha para o MEC?).

De 2016 para cá, a tesoura do desgoverno, que conseguiu passar no Congresso da vergonha a PEC que congela orçamentos públicos por 20 anos, já cortou mais da metade das verbas destinadas aos IFs, incluindo verbas de investimento, custeio e assistência estudantil (leia: Corte nos IFs e nas Federais).

A atual Secretária Executiva do MEC, tucana e ex-Secretária da Educação de SP, Estado governado pelo PSDB há 24 anos e cuja educação pública é totalmente sucateada e os salários docentes totalmente arrochados, já deixou claro que considera os IFs um gasto elevado para o governo.

É dentro dessa lógica que vem agora, de baixo para cima, em uma canetada rápida e nebulosa, a proposta de fragmentação do IFSP em 3 reitorias: o IFSP, o IFPaulista e o IFOeste.

As intenções reais da mudança ainda não são bem conhecidas, mas uma certeza há: deste governo nada de bom se espera.

Há alguns sinais: o atual reitor do IFSP é um homem progressista e muito vinculado ao projeto gestado por Lula e Dilma; o Prefeito de São José do Rio Preto, Edinho Araújo, do PMDB e do núcleo próximo a Temer, inclusive no embróglio do Porto de Santos, reivindicou um campus do IF para sua cidade, aprovado à toque de caixa mesmo em uma conjuntura de contingenciamento; há um interesse do governo tucano de São Paulo de enfraquecer o IFSP para fortalecer as Fatecs e suas parcerias empresariais.

De qualquer forma, é bom os servidores do IFSP e seus sindicatos ficarem atentos pois em se tratando de PSDB sempre há certos fantasmas rondando: terceirização, sucateamento, arrocho salarial, fechamento de campi e desvirtuamento das funções originais do IF.

Blog O Calçadão

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