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quarta-feira, 2 de setembro de 2020

O Calçadão em Dia: 2 de setembro de 2020

 


Ribeirão Preto em Dia!

1. Ministério Público de São Paulo arquiva inquérito contra Secretário de Saúde Sandro Scarpelini. Promotor Vanderlei Trindade pediu arquivamento por não ver irregularidades na contratação com dispensa de licitação de quatro ambulâncias em abril pela Prefeitura de Ribeirão Preto. O relatório do promotor considera que não foram cometidos crimes funcionais pelo Secretário de Saúde e sua secretária-adjunta. A contratação no valor de 1,1 milhão de reais é objeto de uma CPI na Câmara Municipal cujo relatório do vereador Orlando Pessoti (PDT), que pede afastamento do Secretário, aguarda para ser votado em plenário. Essa CPI das ambulâncias é tida como o passo inicial do processo eleitoral 2020 na cidade, onde as oposições se confrontarão com a Prefeito Nogueira e seu projeto de reeleição. 

2. Com 73% de leitos de UTI ocupados e 571 mortes, Ribeirão Preto mira a faixa verde do Plano São Paulo.  Como se sabe, após um curto período buscando se contrapor eleitoralmente a Bolsonaro, João Dória, o Bolsodória, abriu a porteira do isolamento no estado. O Plano São Paulo virou uma mãe para os municípios, mesmo diante de 30 mil mortos por Covid-19 e mais de 800 mil casos. São Paulo é a província com mais casos da doença no mundo e o governador vem comemorando o "platô" da doença desde as 10 mil mortes. Ribeirão Preto não deixa por menos. A pressão para a reabertura do comércio vem desde maio. Já são mais de 20 mil casos e 571 mortes: 59% de homens, 89% maiores de 60 anos e 91% com comorbidades. Pesquisa do Instituto Ipsos publicada no dia 1 de setembro mostra que 86% dos brasileiros tomariam uma vacina aprovada imediatamente, mostrando um contraponto ao movimento anti-vacina forte nas redes sociais de extrema-direita e bolsonatistas.

3. Duarte Nogueira (PSDB) terá apoio de 6 partidos para a sua candidatura à reeleição. A convenção acontecerá na próxima segunda-feira, 7 de setembro.  O Partido Liberal (PL), o Partido Progressista (PP), o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), o Democratas (DEM), o Republicanos e o Partido Social Cristão (PSC) formarão a base de apoio do Prefeito, em uma aliança de caráter neoliberal, conservadora e que mistura o centrão da política com a direita de caráter moralista e religiosa. A coligação terá 12 atuais vereadores pedindo voto para Nogueira. Semana que vem se iniciam o período de convenções partidárias. Nesta eleição de 2020 os outros pré-candidatos que já se colocaram são: Antônio Alberto Machado (PT), João Gandini (MDB), Coronel Usai (PRTB), Mauro Inácio (PSOL), Vanderley Caixe Filho (PCdoB) e Emílson Roveri (Rede). Como afiramdo ontem nesta coluna, a desistência de Ricardo Silva (PSB), tido como favorito a partir de sondagens não oficiais, embaralha o jogo político e coloca todo o campo de oposição ao Prefeito em estado de alerta.


Dia 610 do desgoverno Bolsonaro

1. Depois de cortar salário mínimo, na saúde e na educação, desgoverno Bolsonaro agora quer triplicar verba de publicidade.  Serão 495 bilhões a ser gerido pelo Ministro Fábio de Farias, genro de Sílvio Santos e indicado pelo Centrão. É notório que alguns veículos de imprensa, inclusive locais, têm uma linha editorial pró-governo. A regulamentação da mídia no Brasil, e sua consequente democratização, é uma tarefa ainda inconclusa da sociedade brasileira. O Brasil é um exemplo triste de um país onde a informação e os veículos de mídia são controlados por meia dúzia de famílias bilionárias ou denominações religiosas. O direito à informação, com isenção e diversidade de visões e opiniões, é um dos pilares de uma democracia.

2. Comunidade da Universidade Federal do Paraná se mobiliza para que chapa vencedora em eleição assuma a reitoria contra chapa anti-ciênciaA comunidade da Universidade Federal do Paraná expressou, por meio de votação, o desejo de que os professores Ricardo Marcelo Fonseca e Graciela Bolzón de Muniz assumam a reitoria da instituição e agora pressionam o presidente Jair Bolsonaro para que ele respeite este resultado para o mandato 2020-2024. A chapa Fonseca-Muniz obteve 85% dos votos válidos (excluindo nulos e brancos) e venceu nas três categorias de votantes: docentes, servidores técnico-administrativos e estudantes. Enquanto a chapa adversária, formada pelos professores Horácio Tertuliano Filho e Ana Paula Mussi Szabo Cherobim, teve apenas 14%. A disputa pela reitoria da universidade fez com que viesse a público declarações controversas de Ana Paula Cherobim. ‘Ricos, médicos e famosos sendo tratados em hospitais particulares com cloroquina enquanto os pobres do SUS aguardam a ciência’, escreveu a professora em uma rede social. Ela defende, assim como o presidente Jair Bolsonaro, o tratamento precoce do novo coronavírus com ivermectina e cloroquina. ‘Eu sei que não existe nenhuma pesquisa científica em torno do covid, até porque os chineses inventaram o covid faz pouco tempo. Começaram uma guerra química mundial e, infelizmente, há um tratamento político em torno’, responde Cherobim ao ser questionado sobre seu posicionamento e projetos para a reitoria. Em vista do resultado da votação, a comunidade solicita também que Horácio Filho e Ana Paula Cherobim retirem a candidatura. 

3.  STF dá 48 horas para Lava Jato entregar a Lula acordo de leniência da Odebrecht. Ministro Ricardo Lewandowski destacou que não é admissível deixar a cargo da acusação a escolha de quais informações dos autos ficarão disponíveis à defesa de Lula. Acesso ao acordo da Odebrecht já havia sido autorizado pela 2ª Turma do STF, mas foi descumprido pela Lava Jato. Desde que deixou a prisão política de Curitiba, aquela em que Moro o encarcerou para que não concorresse à eleição e que depois serviu de legado para que virasse ministro de Bolsonaro, Lula tem buscado provar a sua inocência e provar o processo de perseguição seletiva promovida pelo javajatismo.


Neoliberalismo, um fracasso de 40 anos!

 Joseph Stiglitz: "Em todas as dimensões, o neoliberalismo foi um fracasso"O Prêmio Nobel de Economia Joseph Stiglitz acredita que estamos passando por uma crise tripla: de capitalismo, do clima e de valores. E ele atribui isso à crença em mercados irrestritos, ao neoliberalismo seguido desde o governo de Ronald Reagan nos Estados Unidos.

 

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