Acompanhe abaixo os textos, o do Roger e o do Mestre.
Assim era a mensagem que circulou no "zap": "Vejam o que Roger escreveu hoje (sic) em Jornal Diário de São Paulo: lutei contra a ditadura, sim! Tomei borrachadas, engoli gaz (sic) lacrimogênio, corri da cavalaria na Av. São João em direção à Praça Antônio Prado e à Praça da Sé. Participei das perigosas assembleias dos sindicatos, onde milicos escondidos na massa guardavam na memória o rosto dos mais exaltados. Arrisquei o emprego, pichei muro com o slogan 'abaixo a ditadura'. Distribuí panfletos. Morri de medo. Chorei quando anunciaram a devolução do poder ao povo: eu e mais alguns milhões. Hoje, vendo pessoas morrendo em filas de hospitais, bandidos matando por R$ 10, pessoas andando feito (sic) zumbi nas ruas por causa de drogas, adolescentes que não sabem quanto é 6x8, meninas de 14 anos parindo filhos sem pais, toda a classe política desse país desfilando uma incompetência absurda, o nosso país sendo ridicularizado por tantos escândalos... Eu peço perdão ao Brasil pela porcaria que fiz... Deveria ter ficado em casa".
Resposta do Mestre Rilton, uma bela aula de política e ironia fina:
Gente, o que estamos esperando?
Vamos lutar pela volta da ditadura!!!
Nessa época não havia corrupção (pelo menos os jornais não noticiavam). Sabe como é, né? longe dos olhos, longe do coração.
Até pelos idos de 1985, menina de 14 anos jamais ficava grávida. Algumas notícias nos chegavam de que isso ocorria na França, na Inglaterra, mas aqui, graças a Deus e aos militares, jamais de la vie.
E a saúde? Era nos moldes escandinavos! Ninguém morria na fila dos hospitais ou ficava sem remédio ou coisa que o valha. Nos postinhos de saúde, então, era uma beleza, abundavam especialistas para todas as enfermidades!!!
Pela misericórdia, o que fizeram com nossa educação de lá pra cá?! Nos anos de chumbo (não sei por que assim os chamam), os alunos em idade escolar estavam todos matriculados ( eu disse todos!!) e indo maravilhosamente bem na escola. Tanto é verdade que mais de 80% deles iam direto para faculdade. E não para por aí! Na 'facu', eles podiam fazer, custeados por um programa do governo federal que agora me fugiu o nome, um intercambio com universidades de diversos países. E, depois de concluirem a faculdade, partiam quase sempre para o mestrado e doutorado. É mentira, Roger?
Nessa época, também, ninguém passava fome no Brasil, aliás, nem havia estratificação social. Volta e meia, nos chegavam noticias de países onde a fome ainda não havia sido erradicada. E a gente levantava as mãos para os céus por viver num país tão prime.
Roger, eu fiquei preocupado contigo e gostaria de dizer que os brasileiros te perdoam por você ter lutado contra o melhor período que tivemos no Brasil. Mas não se preocupe mais, pois a bancada BBB ( do boi, da bala e da bíblia) está tratando de todos os interesses das pessoas que compartilham do mesmo sentimento que você e logo chegaremos lá. Ops!!!
Voltaremos para lá, a tão maravilhosa época da ditadura. Se eles se esforçarem um pouquinho mais, daremos um salto maior ainda, voltaremos à Idade Média.
Por favor, não deixem de compartilhar com pelo menos dois amigos, até que chegue ao Roger e ele possa tranquilizar seu coraçãozinho.
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