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sábado, 26 de maio de 2018

O discurso golpista de 2013 e 2016 tenta pegar carona na crise dos combustíveis!


A irresponsável política de preços da Petrobrás, transformada em um banco para enriquecer rentistas, provocou uma insatisfação popular e a paralisação de caminhoneiros.

Há de tudo na paralisação: patrões, empregados, autônomos, donos de van, de taxi, de Uber. E a questão dos combustíveis dialoga com uma crise geral provocada por um desgoverno sem voto que assumiu o poder em 2016 através de um golpe.

Muita desinformação e conflito de informação imperam.


A esquerda, corretamente, busca entender o processo e interagir na crise levando o discurso anti-golpista e de defesa da democracia e dos direitos do povo. Não sem conflitos internos.

A direita e seus movimentos pagos para desestabilizar países sentem o momento para retomar o seu velho discurso falacioso e comprometido com os poderosos.

É o mesmo discurso que começou em 2013 e se consolidou em 2016, que colocou fogo no Brasil e abriu caminho para o golpe que feriu a democracia e que trouxe de volta o neoliberalismo sem voto e a crise.

Pregam de forma populista, falaciosa e genérica a "diminuição de impostos, combater a corrupção e rejeição aos partidos, políticos e política". O discurso tem apelo popular em um país onde a informação é monopolizada por uma mídia empresarial, mas serve de fato aos interesses de uma elite nacional e internacional.

A tentativa de negociação entre o desgoverno Temer e os donos de transportadoras, reduzindo PIS, Cofisn e Cide, e que vai custar 14 bilhões, vai prejudicar a arrecadação de Estados e municípios, afetando os serviços públicos para os mais pobres. 

Combater a corrupção pela lógica atual é simplesmente perseguir os inimigos enquanto protege os amigos, inclusive com direito a foto em eventos, ou fortalecer a tese de eleição indireta ou intervenção militar em 2018. 

E o rebaixamento da política é conversa fiada para prejudicar as organizações populares enquanto fortalece os poderosos, como a Globo, e beneficia a entrada de ricos na política, como Dória.

Enquanto isso, o comando da Petrobrás é mantido com o tucano funcionário de banqueiros e petroleiras internacionais.

Se o discurso da direita prosperar nesse movimento, mais uma vez o país vai ficar gritando enquanto patina no mesmo lugar.

Ao invés disso, vamos defender a reforma tributária que incida sobre a renda e o patrimônio, desonerando os salários e a produção. Vamos defender a reforma política com teto de gastos em campanha. Vamos defender uma reforma do judiciário que elimine os enormes benefícios de uma classe de funcionários públicos, como o auxílio-moradia. Vamos defender um plebiscito revogatório sobre as medidas draconianas do desgoverno atual. Vamos defender eleições livres, com todos os candidatos livres, em 2018. Vamos defender a democratização da mídia para tornar a informação um direito democrático.

E vamos, por fim, defender que a Petrobrás volte a aplicar uma política de preços que leve em conta o interesse do país e do povo, fortalecendo a produção interna de derivados nas refinarias paralisadas pelo atual desgoverno.

Esse conjunto de argumentos é capaz de fazer golpista com camiseta da CBF-Nike pular miúdo e de trazer de volta a bandeira nacional, sequestrada por golpistas, para o lado do nacionalismo e da democracia.

Blog O Calçadão

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