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quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Terra, teto e trabalho

3º Encontro Mundial de Movimentos Sociais com Papa contará com representantes de 65 países.

 
TERRA, TETO E TRABALHO

Durante os próximos quatro dias, 170 delegados de 65 países, representantes de movimentos da economia popular, do campo e outros setores periféricos da sociedade, debaterão os diferentes eixos de interesse que vêm marcando os encontros dos movimentos populares com o Papa Francisco: Terra, Teto e Trabalho, no marco do III Encontro Mundial dos Movimentos Populares. O evento teve início nesta quarta-feira (02/11) e será realizado até sábado (05/11) no Vaticano.

Juan Grabois, um dos organizadores do evento, afirmou que “3-T [Terra, Teto e Trabalho] continuam a ser o coração dos nossos Encontros; direitos estão sendo violados por um sistema injusto que deixa milhões de camponeses sem terra, famílias desabrigadas e trabalhadores sem direitos. Por isso, os principais protagonistas de nossos encontros são os três principais setores sociais mencionados, marginalizados do campo e da cidade”.

Espera-se que novas discussões e perspectivas de análise e trabalho sobre assuntos como Povos e Democracia, Território e Natureza e Refugiados e Desalojados do mundo possam gerar novas ferramentas, sob o ponto de vista dos protagonistas destes problemas.

Segundo Grabois, “há um grande número de organizações que estão integradas e organizadas pelos excluídos e que não estão resignados à miséria imposta a eles e resistem com solidariedade ao paradigma tecnocrático atual”. Grabois ainda destacou que “o diálogo entre nós e a igreja tem o objetivo de acompanhar, incentivar e visibilizar esses processos que surgem das bases populares”.

A audiência com Francisco ocorrerá no último dia do evento. Oito entidades brasileiras participarão do encontro, incluindo o Movimento Sem Terra, Movimento de Mulheres Camponesas, Sindicato dos Professores de Minas Gerais e o Conselho de Entidades Negras.


Os Encontros Mundiais dos Movimentos Populares são um projeto lançado pelo papa para abordar a situação das populações carentes. A primeira edição, em 2014, ocorreu também no Vaticano e teve como objetivo denunciar a realidade das periferias. Já a segunda edição, em 2015, na Bolívia, teve como tema os desafios das organizações civis.

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