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segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Pressionar pela queda de Temer e enfrentar o 'centro' de Rodrigo Maia!


Temer e Maia são faces da mesma moeda, a moeda do golpe de 2016.

Temer tem a cara mais suja pelas denúncias de corrupção e montou um governo com a cara tão suja quanto a dele.

Maia é mais limpinho, participou do golpe mas sem enfiar a mão direto na sujeira. Não tem as costas carregadas de denúncias como Temer e até, vez ou outra, ensaia um diálogo à esquerda, passando-se por um democrata e estadista.


Para o grande capital internacional, que tem na grande mídia seu alicerce maior no Brasil, Temer já devia ter caído e substituído por alguém menos problemático.

Só não caiu porque Temer não é um zé ninguém e conta com bom apoio da banca paulista e de setores associados a ele na prática do fisiologismo político.

Na primeira denúncia contra Temer ele teve o apoio de Maia no 'convencimento' aos deputados para salvar o Presidente da forca.

Mas nessa segunda denúncia, que virá, a situação não é a mesma.

A base fisiológica parece estremecida com Temer e tende a confiar mais em Maia, que promete nesta quarta-feira aprovar o 'distritão', a jogada política capaz de sustentar o cabresto eleitoral que elege o centrão.

No geral, seja com Temer ou com Maia, o sistema fisiológico tende a votar a pauta política de quem tem a caneta do governo. E a pauta política de Temer e de Maia é a pauta política do grande capital, a pauta do enxugamento do Estado, do corte de direitos e de políticas sociais e de direcionamento do país ao pagamento dos juros à ciranda financeira.

A resistência do movimento popular tem de se dar pela pressão pela queda de Temer e pelo combate ao projeto de Maia de criar um 'centro' político que sustente até 2018 uma agenda neoliberal e anti-popular.

O campo da direita ainda não está unificado, por falta de nome de peso. Dória acena de um lado, Bolsonaro de outro, os tucanos se coçam de outro, e até agora nada capaz de enfrentar Lula ou o candidato nascido a partir das articulações e caminhadas de Lula.

A verdade é que o cenário político brasileiro, ainda dentro do golpe, é caótico.

O que resta é a luta pela opinião pública, pelo convencimento da ampla maioria da população que hoje está longe de um debate político saudável e frutífero.

O campo popular precisa encontrar o discurso e voltá-lo para a população, pois a batalha institucional está perdida.

O tema das privatizações é um bom começo. A intensificação de um discurso mais nacionalista é outro. A defesa, com argumentos e exemplos, de um Estado do Bem Estar Social, dos preceitos da Constituição de 1988, e da maior distribuição de renda frente a um sistema concentrador é outro.

O relógio de 2018 está correndo rápido.

Ricardo Jimenez

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