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sábado, 6 de abril de 2019

Extrema direita chama atos contra o STF e a favor da reforma da previdência


Desde 2013 que se sentia no ar que os grupos formados nas redes sociais, e que surgiram em manifestações de rua repudiando a política e protestando, seletivamente, contra o PT e o que os governos petistas representam, mais hora, menos hora, abraçariam a causa neoliberal na economia e a causa moral pela via da extrema direita.

Dito e feito.

Após contribuírem para o desastre econômico pós impeachment, que fez surgir o desgoverno Temer/PSDB, esses movimentos se tornaram bolsonaristas e lavajatenses, representando as pautas da extrema-direita contra as minorias, contra os preceitos constitucionais de garantias individuais e coletivas e contra os direitos sociais e trabalhistas conquistados pelo povo e consolidados na Constituição de 1988.

Com o argumento seletivo e hipócrita "anti-corrupção", tais movimentos pretendem passar por cima da democracia para ver vitoriosa a pauta dos ricos e dos extremistas. Para isso, pretendem unir duas táticas de sucesso recente, tanto no impeachment sem crime de responsabilidade de Dilma quanto na eleição de Bolsonaro: atuação na internet aliada a movimentos de rua.

Os alvos de momento são o STF e a reforma da previdência.


O STF é alvo pois, ao votar a questão da prisão em segunda instância como determina a Constituição, pode colocar Lula em liberdade. E Lula é o inimigo mais temido dos neoliberais e da extrema direita por tudo aquilo que Lula representa: um projeto de país com democracia e inclusão social.

Ao atacar o STF, a extrema direita bolsonarista e lavajatense ataca a própria Constituição e, ao atacar a Constituição, ataca a democracia. Querem, na verdade, criar uma democracia tutelada que só ofereça liberdade e direitos para alguns privilegiados. Têm na lava jato o seu símbolo de guarda pretoriana, pronta para agir contra os "inimigos" escolhidos.

O outro alvo é a reforma da previdência, pois os movimentos de extrema direita apoiam as pautas neoliberais representadas pelo banqueiro Paulo Guedes. Na verdade eles sempre apoiaram as pautas neoliberais, desde o apoio dado ao programa 'ponte para o futuro', do desgoverno Temer.

Agora querem atuar nas redes sociais e nas ruas na tentativa de fazer o trabalhador e a trabalhadora defenderem uma proposta que, na prática, lhes retira o direito a uma aposentadoria integral e os joga, sem proteção alguma, aos interesses dos bancos.

Nesse 7 de abril o Brasil verá nas telas das grandes emissoras de TV a reunião de brancos, classe média, vestindo a camiseta da seleção defendendo as pautas do atual governo, pautas que rasgam a Constituição.

Blog O Calçadão

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